Tecnologia

China pode reforçar censura na internet com nova técnica

A tecnologia permite colocar sites fora de serviço, ajudando, assim, a China em sua famosa estratégia da "Grande Muralha"

Mecanismo de censura: a técnica de ataque é diferente e desvia o tráfego em direção ou a partir de um endereço IP pessoal (AFP)

Mecanismo de censura: a técnica de ataque é diferente e desvia o tráfego em direção ou a partir de um endereço IP pessoal (AFP)

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Da Redação

Publicado em 10 de abril de 2015 às 15h54.

Washington - A China estaria fortalecendo a censura da internet para além de suas fronteiras utilizando uma nova técnica, conhecida como "grande canhão", para atacar sites, afirmaram pesquisadores nesta sexta-feira.

Esta tecnologia permite colocar sites fora de serviço, ajudando, assim, a China em sua famosa estratégia da "Grande Muralha" ("Great Firewall"), o nome dado ao sistema de supervisão e censura da internet de Pequim, indica um relatório do Citizen Lab da Universidade de Toronto.

"Embora a infraestrutura do ataque se situe no nível da 'Grande Muralha', ele foi realizado por um sistema diferente, com outras capacidades e outra concepção, que foi chamado 'grande canhão' ('great cannon')".

"O 'grande canhão' não é apenas uma extensão da 'Grande Muralha', trata-se de uma técnica de ataque diferente que desvia o tráfego" em direção ou a partir de um endereço IP pessoal, acrescentam os universitários, que foram acompanhados nesta investigação pela Universidade da Califórnia (oeste dos Estados Unidos) e de Princeton (Nova Jersey, leste).

O relatório também apoia a organização de ativistas GreatFire, que declarou no mês ado que a China buscava colocar fora de funcionamento sites espelho que oferecem conteúdo bloqueado pela internet chinesa, como as notícias do New York Times.

Os investigadores do Citizen Lab dizem que encontraram "provas irrefutáveis de que o governo chinês utiliza o 'grande canhão'", algo que Pequim nega categoricamente.

Utilizar uma ferramenta como esta "representa uma grande mudança nas táticas" e "requer a autorização dos mais altos níveis do governo chinês", sustentam.

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