Pitzi: procura pelo serviço dobrou desde 2020 (Reprodução/Thinkstock)
Redação Exame
Publicado em 30 de novembro de 2022 às 06h00.
Última atualização em 5 de abril de 2023 às 17h10.
A Pitzi, startup de seguro para celular, vem construindo parcerias com empresas do varejo online para ampliar a oferta de soluções que facilitem a vida das pessoas e aumentem o faturamento dos parceiros.
Com mais de 2 milhões de aparelhos protegidos, a empresa fundada pelo americano Daniel Hatkoff, em 2012, conta com mais de 100 parceiros em 2,5 mil pontos de distribuição e espera faturar mais de R$ 200 milhões em 2022.
O número de smartphones no Brasil ultraou a marca de 242 milhões de aparelhos em 2022, segundo dados do Centro de Tecnologia de Informação Aplicada da Fundação Getúlio Vargas (FGVCia). Apesar do aumento de contratações nos últimos anos, o número de aparelhos com seguros segue sendo minoritário.
“No Brasil, apenas 4% dos donos de smartphones têm seguro. Nos Estados Unidos e na Europa, o percentual é bem maior. Desde 2020, nós dobramos de tamanho. Esse crescimento a por uma mudança de cultura do Brasil em relação aos seguros. Ainda há muito espaço para crescer”, diz Tatiany Martins, diretora comercial da Pitzi.
O momento não poderia ser melhor para a empresa. Em 2020, com mais pessoas dependentes dos celulares para trabalhar e falar com entes queridos na pandemia, a procura por seguros que pudessem cobrir estragos nos aparelhos aumentou, resultando em um crescimento de 85% na receita da companhia. Em 2021, o faturamento foi cerca de R$ 100 milhões de reais.
Martins acredita que a busca por seguros cresce ano a ano por conta do valor cada vez maior dos smartphones, e consequentemente sua manutenção, e pela maior rotatividade. "Antigamente, o brasileiro trocava de celular a cada dois anos. Hoje, a média é de 13 meses", diz.
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Com serviços para quebra acidental, roubo, furto e perda de aparelho, a Pitzi aposta no modelo de vendas indiretas para continuar ganhando espaço no mercado brasileiro.
No fim de 2020, a insurtech começou uma parceria com o gigante do e-commerce Mercado Livre para oferecer uma apólice contra roubos e furtos de smartphones aos mais de 27 milhões de clientes da plataforma. Desde então, Amazon e Motorola também se tornaram parceiras e o serviços da Pizti são oferecidos aos clientes finais na hora da compra de um celular.
Martins explica que o valor do seguro pode chegar a 30% do valor do aparelho e que metade do valor fica com o parceiro que realizou a venda.
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