Negócios

Desafiar a Apple custou caro, mas ele venceu: a batalha de US$ 1 bilhão pelo Fortnite

A desenvolvedora americana Epic Games enfrentou a gigante de tecnologia numa disputa judicial de cinco anos contra o monopólio da App Store

Tim Sweeney, CEO da Epic Games: desenvolvedora estima uma perda de receita de, no mínimo, US$ 300 milhões (Rachel Luna/Getty Images)

Tim Sweeney, CEO da Epic Games: desenvolvedora estima uma perda de receita de, no mínimo, US$ 300 milhões (Rachel Luna/Getty Images)

Laura Pancini
Laura Pancini

Repórter

Publicado em 6 de maio de 2025 às 09h14.

Tim Sweeney, CEO da desenvolvedora americana Epic Games, ou cinco anos enfrentando a Apple em um processo judicial que questionava as regras da gigante de tecnologia.

A vitória da empresa por trás de jogos como Fornite, Fall Guys e Rocket League obrigou a Apple a revisar as políticas da loja de aplicativos App Store. Mas o custo foi alto: mais de US$ 1 bilhão, entre custos jurídicos e a receita perdida, segundo entrevista publicada no portal Business Insider.

O conflito começou em 2020, quando a Epic Games tentou contornar as taxas de 30% cobradas pela Apple sobre todas as transações realizadas dentro dos aplicativos da App Store. Essas taxas, que afetavam desde compras dentro do jogo até s, tornaram-se um ponto de atrito, pois a Apple controlava a distribuição de aplicativos e impunha essas condições, criando um verdadeiro monopólio no mercado de apps para iPhones.

Enquanto o Android oferece várias alternativas, como a Amazon App Store e a Baidu, onde desenvolvedores podem distribuir seus apps com menos restrições e custos, no iOS os desenvolvedores ainda estavam limitados à App Store, o que gerava insatisfação.

Um novo momento

Com a recente decisão judicial favorável à Epic, a Apple agora é obrigada a permitir que desenvolvedores busquem outras formas de distribuição e pagamento, abrindo caminho para um mercado mais competitivo. Recentemente, alternativas à App Store começaram a surgir, como a AltStore PAL, uma loja de aplicativos não oficial que está sendo liberada gradualmente em alguns países.

Sweeney revelou que os custos legais superaram US$ 100 milhões, sem contar a perda de receita direta. "Nos dois anos em que o Fortnite esteve disponível na App Store, fizemos cerca de US$ 300 milhões só na plataforma iOS. A perda foi muito maior quando consideramos os novos jogadores que deixaram de ser expostos ao jogo", afirmou o executivo.

Embora a Apple tenha sinalizado que irá recorrer da decisão, Sweeney está confiante de que o Fortnite retornará em breve ao iPhone. "Acredito que a Apple não terá coragem de manter esse bloqueio por muito tempo", disse ele.

A luta com a Apple pode ter sido longa e custosa, mas para o CEO da Epic, valeu cada centavo. "Essa batalha não foi apenas pela Epic, mas por todos os desenvolvedores", disse.

Acompanhe tudo sobre:AppleApps para iPhoneEpic GamesGamesJogos

Mais de Negócios

Homem de 33 anos ganha US$ 6 mil por mês e acumulou mais de 1 milhão de pontos em cartão de crédito

Homem de 50 anos criou negócio que rende US$ 117 mil — e ele trabalha só 1 dia por semana

Essa estratégia pode transformar ideias simples em ótimas fontes de renda; veja do que se trata

Após ser vendida por R$ 5,7 bilhões, Oi Fibra vira Nio. Quais são os planos agora?