Orla de Porto Alegre: fundo Retomada RS, que contou com o apoio do Estímulo, direcionou quase R$ 40 milhões a empreendedores gaúchos afetados pela enchente de maio de 2024 (Leandro Fonseca )
Estímulo
Publicado em 2 de junho de 2025 às 19h23.
Por Vinicius Poit, CEO do Fundo de Impacto Estímulo
Cada vez mais vemos como as ações direcionadas aos empreendedores têm o poder de transformação. É necessário um olhar direcionado e altamente desenhado para que a jornada desses profissionais seja o mais leve possível.
O poder disso acarreta num país mais forte economicamente, afinal o Brasil possui 15,7 milhões de microempreendedores individuais (MEIs) com CNPJ ativo, segundo o Ministério da Fazenda.
Além do ganho econômico para o país, fortalecer o empreendedorismo é a brecha que temos para os brasileiros gerarem suas rendas, fortalecendo suas famílias.
Como líder do Fundo de Impacto Estímulo, que visa esse empoderamento dos micro e pequenos empreendedores brasileiros, tenho como missão desenvolver novas frentes condizentes com as reais necessidades dessa classe, inclusive com estratégias específicas para regiões.
Com uma atuação única e inovadora no país, o fundo de impacto gera um gigantesco esforço para mudar a realidade de milhares de empreendedores. Oferece crédito sem garantias e de maneira simplificada, além de capacitação e conexões estratégicas para os pequenos negócios.
Em cinco anos, já são mais de 5 mil pequenos empreendedores beneficiados, de cerca de 800 cidades de todas as regiões do Brasil. 35% deles receberam crédito pela primeira vez e 54% têm participação de mulheres.
O fundo ainda registra que 91% dos empreendedores estão em regiões de baixa renda. Ao todo, são 53 mil empregos impactados, gerando renda e prosperidade para os colaboradores, suas famílias e a comunidade em geral.
Construímos pilares que direcionam esforços específicos, como o fundo Retomada RS, que contou com a ajuda de grandes iniciativas da região com uma oferta de quase R$ 40 milhões para os empreendedores gaúchos. É uma resposta rápida em meio ao caos climático, onde apoiamos desde quem perdeu tudo com a água até quem viu o faturamento cair por conta da crise.
Na Amazônia Legal também estamos construindo uma atuação com um olhar diferente para a região. Nossa ideia é gerar renda nas cidades para proteger a floresta. Dar apoio aos negócios locais para virarem alternativa concreta à pressão sobre a floresta. Sem empregos na cidade, o garimpo é a forma mais rápida de ganhar dinheiro e queremos combater isso.
Também fortalecemos as mulheres empreendedoras, afinal, quando uma mulher cresce, o impacto se espalha.
Mesmo com a inadimplência menor e maior impacto na sociedade, mulheres ainda enfrentam mais barreiras para ar crédito. O Estímulo Mulheres atua para mudar esse cenário, oferecendo capital, capacitação e rede para que nenhuma mulher caminhe sozinha.
Outra lente que olhamos é para a transformação dos pequenos negócios em aliados da sustentabilidade. Com o Estímulo Verde, reduzimos os juros para quem adota soluções sustentáveis.
Não podemos falar de ESG, sustentabilidade, boas práticas de governança e inclusão, se os pequenos negócios não estiverem profundamente envolvidos nesse processo. Eles são 95% das empresas do nosso país. Ainda em 2025, vamos lançar a Jornada Verde, trilha de capacitação em sustentabilidade para pequenos negócios.
Por fim, nota-se a força dos diferentes tipos de empreendedorismo no Brasil. Ele está por todo o lado e costurar novas ações com iniciativas parceiras, empresas e governo torna-se necessário para fazer a diferença. Temos que nos unir para construir os caminhos dessa jornada empreendedora e fortalecer nosso país.