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Como a Warner Bros. Discovery quer integrar as diferentes plataformas de conteúdo

Líder da operação brasileira de junho, executiva fala sobre os próximos os da companhia

Vera Buzanello, da Warner Bros. Discovery: streaming é um negócio para a companhia e lançamento da nova plataforma será a principal novidade do ano (Kelly Fuzaro/Divulgação)

Vera Buzanello, da Warner Bros. Discovery: streaming é um negócio para a companhia e lançamento da nova plataforma será a principal novidade do ano (Kelly Fuzaro/Divulgação)

A fusão entre WarneyMedia e a Discovery anunciada em abril do ano ado criou um gigante do mercado de mídia e entretenimento sob o nome de Warner Bros. Discovery, unindo plataformas de streaming, canais de TV por , estúdios de cinema, empresa de distribuição e games.

No resultado consolidado dos primeiros nove meses do ano, o conglomerado registrou faturamento de 22,8 bilhões de dólares, alta de 153% em relação aos números obtidos pelas operações em 2021.

“A empresa vai ser diferente daqui a um ano. O mundo está mudando. Mas esta é uma grande empresa", afirmou o CEO David Zaslav logo após o comunicado. É com essa missão que a Vera Buzanello assumiu o comando da companhia do Brasil, acumulando com a posição head of revenue da empresa na América Latina.

Com 25 anos de Discovery, a executiva está desde junho ado na liderança, período em que teve que organizar a casa e preparar para 2023, ano quando pretendem celebrar os 100 anos da Warner.

“Não foi um semestre fácil. A gente teve que realmente fazer uma grande reavaliação e reorganização da empresa. E conhecer também todas as áreas de negócios.  Eu sempre digo que não foi uma fusão de uma companhia com outra, foi uma fusão de várias companhias”, afirma.

Como a Warner Bros. Discovery quer se apresentar

No centro da estratégia, a nova empresa quer mostrar aos consumidores e ao mercado que oferece opções variadas de produtos e que podem ser adas em diferentes telas e momentos - da telona do cinema, ando por smartTVs e smartphones, entre outras ocasiões.

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Sem relevar os valores que serão investidos em 2023, a executiva promete uma série de iniciativas para a expansão da companhia ao longo do ano.

Entre elas, o desenvolvimento de produções locais como a série “Cidade de Deus”, baseada no filme que projetou o cinema nacional no começo do século, e a primeira investida em novelas no país. A Warner Bros. Discovery acabar de a produção de “Beleza Fatal”, conteúdo previsto para a HBO Max acompanhando uma tendência nas plataformas de streaming.

Além disso, deve reforçar o conteúdo com novas edições de "Aeroporto", "Largados e Pelados Brasil" e documentários de “true crime”, a exemplo de “Pacto Brutal”, produção sobre o assassinato da atriz Daniela Perez e que se tornou um sucesso de audiência global.

Como será a nova plataforma de streaming

Entre as principais mudanças motivadas pela fusão está a decisão de contar com uma única plataforma de streaming, integrando HBO Max e Discovery Plus. Somando com o número de clientes da HBO, as ferramentas encerraram setembro de 2022 com 94,9 milhões de s, de acordo com o relatório financeiro da companhia.

A nova plataforma deve ser lançada ainda no primeiro semestre no Estados Unidos e chegar à América Latina no segundo semestre.

“Esse é um negócio que é realmente estratégico e que vai ser um grande lançamento nosso para 2023”, afirma Buzanello.

Segundo a executiva, a nova ferramenta está sendo construída usando toda a experiência que a empresa tem com a HBO Max e o Discovery+, em termos de usabilidade, hábitos de consumo de conteúdo e incidências de uso.

Outros aspectos levados em consideração são quais produções têm capacidade para alcançar audiências globais e merecem desembolsos maiores da companhia.

Como a companhia olha para o mercado de TV por

Enquanto as plataformas de streaming avançam, a companhia também deve dedicar atenção especial para os desafios vividos pelos canais de TV por , um mercado que registra quedas em várias partes do mundo.

No Brasil, os dados mais recentes, atualizados até novembro de 2022, mostram queda de 6,2% no número de s, que ficou em 12,6 milhões.

Com 42 canais, entre eles HBO, Discovery, CNN, TNT, CBS e Animal Planet, a empresa tem entre os objetivos para 2023 fazer um trabalho de redesenho de portfolio para definir quais permanecerão ou não na grade.

Segundo Buzanello, a empresa continua acreditando e apostando no potencial deste mercado. “Para mim, TV paga é mais uma das plataformas em que temos de distribuição de conteúdo e a nossa história vem daí”, afirma.

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