Estudo é feito pela consultoria Oxford Economics e avalia as 1.000 principais cidades do mundo
Redação Exame Publicado em 23 de maio de 2025 às 14h22. Última atualização em 23 de maio de 2025 às 14h49.
Buenos Aires (192º), Cidade do México (253º) e São Paulo (303º) são as cidades latino-americanas mais bem classificadas no Índice Global de Cidades 2025 da empresa de consultoria Oxford Economics, um ranking que avalia as 1.000 principais cidades do mundo em cinco dimensões principais: economia, capital humano, qualidade de vida, meio ambiente e governança.
No total, 113 cidades latino-americanas aparecem no índice - 67 da América do Sul e 46 de América Central e Caribe - representando 11,3% do total global, de acordo com o relatório da consultoria fundada em 1981 como uma iniciativa conjunta com a Oxford University Business School.
Embora nenhuma delas esteja entre as 100 melhores, sua inclusão destaca o papel crescente da região no cenário urbano global, com um número significativo de cidades classificadas como “Destaques Emergentes”, caracterizadas por altos níveis de produtividade relativa e dinamismo em comparação com a média nacional.
A Argentina tem Buenos Aires como sua principal representante. A capital se destaca por seu capital humano e indicadores de qualidade de vida, embora suas deficiências em governança e meio ambiente limitem sua projeção global.
O Brasil se destaca pelo peso econômico de São Paulo (303), mas também pela presença do Rio de Janeiro (449), Florianópolis (500), Belo Horizonte (517), Porto Alegre (586) e Curitiba (588).
Florianópolis se destaca por sua boa qualidade de vida e níveis mais baixos de poluição relativa, embora com menor impacto econômico do que as grandes cidades.
O relatório da Oxford Economics, uma consultoria especializada em análise econômica, previsão e aconselhamento estratégico, agrupa muitas dessas cidades nos arquétipos “Destaques Emergentes” e “Megacidades em Desenvolvimento”.
As primeiras se destacam por seu rápido crescimento do PIB e do emprego, com rendas acima da média nacional. As segundas, como Cidade do México e Lima, combinam uma grande população de mais de dez milhões de habitantes com infraestrutura inadequada e desigualdades acentuadas.
A qualidade de vida e a governança continuam sendo os principais pontos fracos. Muitas cidades da região enfrentam problemas estruturais, como insegurança, poluição e instituições públicas ineficazes. Em contrapartida, seus pontos fortes estão no dinamismo demográfico, na juventude de suas populações e no potencial de atrair investimentos estrangeiros.
Até 2050, mais de um quarto das cidades do índice dobrará sua renda familiar. As cidades latino-americanas, se conseguirem preencher suas lacunas sociais e fortalecer suas instituições, poderão estar entre os principais motores urbanos do século 21, de acordo com o relatório.
Além de medir o desempenho atual, o Índice Global de Cidades prevê o papel que cada cidade pode desempenhar na economia global.
Com EFE.