A maioria das pesquisas mostra o ultraliberal Javier Milei à frente, mas sem força suficiente para vencer no primeiro turno
Redação Exame Publicado em 20 de outubro de 2023 às 10h20. Última atualização em 9 de novembro de 2023 às 16h11.
A Argentina realiza neste domingo, 22, o primeiro turno das eleiçõesque vão definiro próximo presidente do país. Após primárias realizadas em agosto, cinco candidatos seguem na disputa.
O representante peronista e atual ministro da Fazenda, Sergio Massa; o ultradireitista Javier Milei, a ex-ministra de Segurança, Patricia Bullrich, o governador de Córdoba, Juan Schiaretti e Myriam Bregman, candidata da extrema-esquerda, disputam a preferência do eleitorado. A maioria das pesquisas mostra o ultraliberalJavier Mileià frente,mas sem força suficiente para vencer no primeiro turno.
Entre os principais desafios do próximo presidente argentino estão a inflação de quase 140%, uma crise cambial e as contas públicas esgotadas. O país tem ainda 40% da população na pobreza. Na última semana, o instituto de estatística da Argentina registrou a inflação mais alta para um mês desdefevereiro de 1991, e sendo o segundo mês seguido de inflação de dois dígitos. Além disso, o valor do dólar disparou e pela primeira vez ultraou a barreira dos 1.000 pesos argentinos.
O primeiro turno acontece neste domingo, 22 de outubro.A Argentina tem um sistema de votação parecido com o do Brasil: há eleição presidencial em dois turnos.
Caso nenhum candidato supere 45% dos votos, ou 40% com mais de 10% à frente do segundo colocado, os dois mais votados disputam a etapa final, em 19 de novembro.O próximo presidente tomará posse em 10 de dezembro, para um mandato de quatro anos, até dezembro de 2027.
No segundo turno, marcado para o dia 19 de novembro , o candidato mais votado é eleito presidente do país.