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Milei vê argentinos 'mais livres' após fim de restrição cambial

Parte das restrições estavam em vigor desde o final do governo do ex-presidente Mauricio Macri

Javier Milei: presidente da Argentina enfrenta vários desafios em relação à crise econômica e o empobrecimento da população (Luis Robayo/AFP)

Javier Milei: presidente da Argentina enfrenta vários desafios em relação à crise econômica e o empobrecimento da população (Luis Robayo/AFP)

EFE
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Agência de Notícias

Publicado em 14 de abril de 2025 às 18h34.

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O presidente da Argentina, Javier Milei, comemorou nesta segunda-feira, 14, o fim do “cepo” cambial, que restringia a compra mensal de dólares.

“Hoje é um dia muito importante porque estamos mais livres, quebramos mais uma corrente, a mais pesada e difícil, este 'cepo' que foi colocado em vigor durante o final do governo Macri”, disse o presidente argentino à emissora de rádio "El Observador", referindo-se às restrições cambiais, parte das quais estavam em vigor desde o final do governo do ex-presidente Mauricio Macri (2015-2019).

A partir desta segunda-feira, cidadãos e as empresas da Argentina serão liberados da maioria dos requisitos e regulamentos complexos que dificultavam a compra de moeda estrangeira, substituídos por um regime de taxa de câmbio flutuante entre 1.100 e 1.400 pesos por dólar, em que o governo intervirá apenas se os valores estiverem abaixo ou acima desses valores.

O presidente argentino anunciou na última sexta-feira a abertura do “cepo” - uma de suas principais promessas de campanha em 2023 - após selar um novo acordo com o Fundo Monetário Internacional (FMI) com empréstimos de US$ 20 bilhões e obter financiamento adicional do Banco Mundial (BM) e do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID).

O pacote de ajuda, com uma injeção imediata de US$ 15,5 bilhões, é uma tábua de salvação para o Banco Central argentino, que até agora, só neste ano, perdeu US$ 4,886 bilhões em dólares na tentativa de manter a taxa de câmbio oficial - que muitos investidores e economistas consideram defesada - diante da crescente demanda pela moeda americana.

“Para desmantelar o cepo foi preciso remover várias camadas, coisas que começamos a fazer desde o primeiro dia. Hoje liberamos definitivamente o mercado de câmbio, como havíamos prometido e sem especulação política”, afirmou Milei.

Com a chegada de recursos do FMI e de outras organizações para fortalecer as reservas do Banco Central, o chamado “dólar blend”, uma taxa de câmbio especial para a liquidação de exportações, também foi eliminado.

As empresas poderão remeter lucros para suas matrizes no exterior a partir dos exercícios financeiros de 2025, e as condições de pagamento das operações de comércio exterior serão flexibilizadas.

Depois do início do novo sistema de taxa de câmbio, a cotação da moeda americana começou o dia na Argentina em 1.250 pesos, 16% a mais do que o preço de fechamento de sexta-feira (1.078 pesos).

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