Israel garantirá segurança, mas não participará da logística de entrega da ajuda humanitária dos EUA em Gaza
A picture shows a view from an apartment in a residential building that was hit in Israeli strikes in Gaza City's Yarmuk street on April 24, 2025. Gaza rescue teams and medics said Israeli air strikes killed at least 36 people on April 24, including a family of six whose home was struck in Gaza City. (Photo by Omar AL-QATTAA / AFP) (Omar AL-QATTAA/AFP)
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Agência de notícias

Publicado em 9 de maio de 2025 às 13h41.

Última atualização em 9 de maio de 2025 às 14h10.

Israel não participará do plano liderado pelos Estados Unidos para distribuir ajuda alimentar na Faixa de Gaza , mas assumirá responsabilidades de segurança, informou nesta sexta-feira, 9, o embaixador americano em Israel, Mike Huckabee.

“Os israelenses estarão envolvidos em fornecer a segurança militar necessária, já que se trata de uma zona de guerra, mas não participarão da distribuição dos alimentos nem de seu transporte dentro de Gaza”, afirmou Huckabee em coletiva de imprensa.

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Washington anunciou a criação de uma nova "fundação" que supervisionará a entrega da ajuda humanitária no território palestino, onde vivem cerca de 2,4 milhões de pessoas em situação crítica. A entrada de suprimentos está completamente bloqueada desde 2 de março, por decisão de Israel.

ONU e ONGs ficam de fora do novo modelo

O novo plano, que substitui os mecanismos anteriores, deve ser operado à margem da ONU e das ONGs, o que já gerou críticas da comunidade internacional. A iniciativa surge após 19 meses de guerra entre Israel e o grupo islamista Hamas.
Funcionários da ONU e organizações humanitárias alertam há semanas sobre a escassez severa de alimentos, medicamentos e combustível em Gaza.

“Fazemos um apelo às Nações Unidas, a todas as ONGs, a todos os governos (...) Convidamos todos os atores interessados em participar deste processo”, disse Huckabee, acrescentando que espera uma implementação rápida da proposta.

O diplomata afirmou que “ vários parceiros já aceitaram participar ”, mas não revelou os nomes dos países ou entidades envolvidas.

Segurança será garantida por privados e forças israelenses

A logística da operação prevê que a segurança nos pontos de distribuição será feita por fornecedores privados, enquanto o Exército israelense atuará à distância para proteger as áreas de entrega dos combates em curso.
Israel, por sua vez, sustenta que não há uma crise humanitária em Gaza e que o bloqueio serve como estratégia para pressionar o Hamas a libertar os reféns capturados no ataque de 7 de outubro de 2023 — episódio que deu início à guerra atual.

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