Mundo

Exportações chinesas aumentam 8,1% em abril, apesar da guerra comercial com os EUA

Anúncio ocorre na véspera do primeiro encontro oficial entre representantes dos dois países para tratar do conflito tarifário

Exportaçoes na China: O impacto das tarifas americanas ainda não aparece nos dados comerciais de abril (AFP)

Exportaçoes na China: O impacto das tarifas americanas ainda não aparece nos dados comerciais de abril (AFP)

AFP
AFP

Agência de notícias

Publicado em 9 de maio de 2025 às 06h13.

Tudo sobreChina
Saiba mais

A China informou nesta sexta-feira que suas exportações cresceram 8,1% em abril, em relação ao mesmo período do ano anterior, superando com folga as previsões de especialistas que esperavam impactos da guerra comercial com os Estados Unidos.

As duas maiores potências econômicas do mundo iniciam neste fim de semana, na Suíça, negociações sobre essa disputa, que provocou uma queda de 17,6% nas exportações chinesas para os EUA no mês ado.

Em sua ofensiva tarifária global, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, impôs tarifas de 145% sobre diversos produtos chineses, ao que a China respondeu com tarifas de 125% sobre importações americanas.

Nesse cenário, analistas consultados pela agência de informações econômicas Bloomberg previam um aumento de apenas 2% nas exportações chinesas em abril.

As exportações para os Estados Unidos, um dos principais parceiros comerciais da China, caíram 17,6% de um mês para o outro, ando de US$ 40,1 bilhões para US$ 33 bilhões, segundo a istração Geral de Aduanas da China.

- O impacto das tarifas americanas ainda não aparece nos dados comerciais de abril - avaliou Zhiwei Zhang, presidente e economista-chefe da consultoria Pinpoint Asset Management.

- Isso pode se dever, em parte, ao trânsito das mercadorias por outros países e, em parte, a contratos firmados antes do anúncio das tarifas - acrescentou.

Os dados da istração aduaneira também mostraram uma queda de 0,2% nas importações, resultado melhor que a previsão da Bloomberg, que esperava uma retração de 6%.

Esses anúncios ocorrem na véspera do primeiro encontro oficial entre altos representantes dos dois países para tratar do conflito comercial.

O secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent, e o representante comercial Jamieson Greer se reunirão com o vice-primeiro-ministro chinês, He Lifeng, em Genebra no sábado e domingo.

Acompanhe tudo sobre:ChinaTarifasExportaçõesEstados Unidos (EUA)

Mais de Mundo

Tradição secular e a mais rica do mundo: conheça a história da Universidade Harvard

Caminhões de ajuda humanitária foram 'interceptados' pela população em Gaza, diz ONU

G7 encerra reunião no Canadá em busca de consensos sobre tarifas e Ucrânia

Festival de compras 618 da China amplia frete grátis para 12 países e regiões