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EUA e Irã se reúnem em Omã antes da visita de Trump ao Oriente Médio

A nova rondada de negociações, a quarta entre os países, acontece neste domingo em Mascate, um dia antes do desembarque do presidente norte-americano na península Arábica

Trump: O presidente dos EUA adotou um tom mais duro contra Teerã, alegando que o país persa continua com as ações de enriquecimento de urânio (Jim Watson/AFP)

Trump: O presidente dos EUA adotou um tom mais duro contra Teerã, alegando que o país persa continua com as ações de enriquecimento de urânio (Jim Watson/AFP)

Agência o Globo
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Publicado em 11 de maio de 2025 às 09h46.

Funcionários dos governos dos EUA e do Irã vão se reunir neste domingo, 11, em Omã, país do Oriente Médio, para uma nova ronda de negociações nucleares antes da visita de Donald Trump à Arábia Saudita, ao Qatar e aos Emirados Árabes Unidos, programada para a próxima segunda-feira, com o objetivo de viabilizar acordos comerciais vantajosos ao seu país.

O presidente dos EUA adotou um tom mais duro contra Teerã, alegando que o país persa continua com as ações de enriquecimento de urânio. Contudo, a relação entre os países melhorou, ao ponto de funcionários de ambas as nações terem se reunido por três vezes no mês ado, duas em Mascate, capital de Omã, e outra em Roma, na Itália, na embaixada do país árabe.

De acordo com o governo de Trump, ao final da terceira rodada de negociações, houve progressos significativos no sentido de que um acordo sobre o tema da suspensão do enriquecimento de urânio, por parte de Teerã, já é uma possibilidade, mas ainda seria preciso mais rodadas de negociações.

Já o chanceler iraniano Abbas Araghchi disse em coletiva de imprensa durante uma visita a Moscou, em abril, que seu país ainda enxerga com ceticismo as intenções de Washington, todavia Teerã continuará a se reunir com o governo de Donald Trump.

Os EUA e o Irã romperam relação diplomáticas desde a Revolução Islâmica de 1979, que culminou na queda do Xá Mohammad Reza Pahlavi e na consequente ascensão do Aiatolá Ruhollah Khomeini, que instaurou a República Islâmica do Irã.

Em 2015, durante seu primeiro mandato, Trump retirou Washington do acordo multilateral que estava em vigor para restringir o desenvolvimento nuclear da República Islâmica em troca da suspensão das sanções. Desde então, o Irã se distancia do compromisso de não enriquecer urânio acima de 3,67% fixado pelo pacto — que também havia sido assinado por Alemanha, China, França, Reino Unido e Rússia.

Segundo o relatório mais recente da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), publicado no mês ado, o país persa dispõe de urânio enriquecido a 60%, aproximando-se dos 90% necessários para fabricar armamento nuclear.

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