Novo decreto do governo veta certidões e decisões judiciais estrangeiras para registrar crianças geradas por gestação sub-rogada, prática considerada ilegal e definida por lei como violência contra mulheres
Espanha: (Blazquez Dominguez/Getty Images)

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Publicado em 1 de maio de 2025 às 13h05.

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O governo de esquerda da Espanha proibiu por decreto, nesta quinta-feira (1°), o registro de nascimentos de bebês no exterior por gestação sub-rogada (barriga de aluguel), uma prática declarada ilegal no país por uma lei de 2006.

A obrigação normativa de quem conseguiu um bebê de uma mãe sub-rogada é demonstrar o vínculo biológico com eles ou adotar formalmente a criança para registrar seu nascimento no registro civil.

"Em nenhum caso será itido pelas pessoas responsáveis ​​pelos registros civis" a apresentação de certidões de nascimento ou ordens judiciais emitidas por países estrangeiros, afirma o decreto publicado no diário oficial desta quinta.

O Tribunal Supremo decidiu em dezembro que os interesses das crianças devem ser determinados pelos "valores reforçados pela sociedade como próprios" e não "pelos interesses dos comitentes da gestação sub-rogada".

Essa prática, seja paga ou não, é ilegal na Espanha por uma lei aprovada em 2006. Mas até agora os nascimentos por gestação sub-rogada no exterior puderam ser registrados se uma ordem judicial que certificasse a filiação da criança fosse apresentada.

Uma nova lei aprovada em fevereiro de 2024 descreve este tipo de gestação como uma forma de "violência contra as mulheres".

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