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Dois candidatos ultraconservadores desistem de concorrer à presidência do Irã às vésperas da eleição

Um dos desistentes é o atual prefeito do Teerã Alireza Zakani; pleito acontece na sexta-feira, 28

Simpatizantes do candidato reformista Masud Pezeshkian durante comício em Teerã (AFP/AFP)

Simpatizantes do candidato reformista Masud Pezeshkian durante comício em Teerã (AFP/AFP)

AFP
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Agência de notícias

Publicado em 27 de junho de 2024 às 11h15.

Dois candidatos ultraconservadores desistiram nesta quinta-feira, 27, da eleição presidencial no Irã, o que deixa apenas quatro aspirantes na disputa pelo cargo na votação marcada para sexta-feira, 28.

O prefeito de Teerã, Alireza Zakani, anunciou na rede social X que não disputará as eleições. Alguns minutos antes, o Ministério do Interior informou que Amir Hossein Ghazizadeh Hashemi também desistiu da campanha.

Os iranianos devem comparecer às urnas na sexta-feira para uma eleição inicialmente prevista para 2025, mas antecipada após a morte do presidente Ebrahim Raisi, vítima de um acidente de helicóptero em 19 de maio.

As eleições acontecem em um momento delicado para a República Islâmica, que precisa istrar, ao mesmo tempo, tensões internas e crises geopolíticas, como a guerra de Gaza e seu programa nuclear. E tudo isso a apenas cinco meses da eleição presidencial nos Estados Unidos, grande inimigo de Teerã.

Segundo as pesquisas, os dois candidatos que abandonaram a disputa estavam muito atrás dos outros aspirantes nas intenções de voto.

Em sua mensagem, o prefeito da capital iraniana fez um apelo aos dois candidatos conservadores mais bem posicionados nas pesquisas, o ex-negociador nuclear Said Jalili e o presidente do Parlamento Mohammad Bagher Ghalibaf, para que estabeleçam uma união que represente "as forças revolucionárias" da República Islâmica.

Hashemi, ex-vice-presidente de Raisi, também justificou a desistência por sua vontade de "preservar a unidade das forças da revolução".

Jalili e Ghalibaf enfrentam o candidato reformista, o deputado Masud Pezeshkian, um dos favoritos para as eleições, que recebeu apoio das principais forças moderadas.

O quarto candidato é Mostafa Purmohammadi, ex-ministro do Interior e da Justiça.

Se nenhum candidato conseguir mais da metade dos votos, o Irã terá segundo turno na sexta-feira seguinte, 5 de julho.

No Irã, o presidente tem poderes limitados e é responsável por aplicar as grandes linhas políticas definidas pelo guia supremo, o aiatolá Ali Khamenei, de 85 anos e que está no poder desde 1989.

 

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