Ex-presidente dos EUA, de 82 anos, enfrenta tumor com escore de Gleason 9, de alta agressividade; o tratamento inclui desde terapias hormonais até intervenções como cirurgia
O ex-presidente e sua família estão atualmente avaliando as alternativas de tratamento junto aos seus médicos (Mandel NGAN/AFP)
Da Redação

Redação Exame

Publicado em 18 de maio de 2025 às 17h19.

Última atualização em 18 de maio de 2025 às 17h46.

O ex-presidente dos Estados Unidos,Joe Biden, foi diagnosticado com um câncer de próstata classificado como de alta agressividade, com metástase óssea, conforme comunicado divulgado por seu escritório pessoal neste domingo, 18.

O tumor apresenta escore deGleason 9,o que corresponde aoGrau de Grupo 5, a classificação mais elevada na escala que avalia a agressividade docâncer de próstata.

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Segundo a nota, Biden procurou atendimento médico após relatar sintomas urinários crescentes. Em seguida, exames identificaram um nódulo prostático, e a biópsia confirmou a presença de um adenocarcinoma com disseminação para os ossos.

Apesar da gravidade, o câncer demonstrou ser sensível ahormônios, o que permite opções terapêuticas mais eficazes.

O ex-presidente e sua família estão atualmente avaliando as alternativas de tratamento junto aos seus médicos. As opções incluem desde terapias hormonais até intervenções mais agressivas, como cirurgia e radioterapia combinada com braquiterapia, dependendo da extensão da doença e da resposta do organismo.

Prognóstico e tratamento avançado

O escore de Gleason é um sistema utilizado para classificar o grau de agressividade do câncer de próstata, variando de 6 (menos agressivo) a 10 (mais agressivo).

Um escore de 9 indica que as células cancerígenas são altamente anormais e propensas a se espalhar rapidamente. Estudos indicam que pacientes com esse escore enfrentam desafios significativos, com taxas de sobrevivência de cinco anos variando entre 60% e 70%, dependendo do tratamento e de outros fatores de saúde.

A presença de metástase óssea é comum em casos avançados de câncer de próstata, afetando áreas como coluna, quadris e costelas. Embora a doença em estágio metastático não seja curável, tratamentos como a terapia de privação androgênica e a radioterapia podem ajudar a controlar o crescimento do tumor e aliviar sintomas, melhorando a qualidade de vida do paciente.

O caso de Biden destaca a importância do diagnóstico precoce e do monitoramento regular da saúde prostática, especialmente em homens acima de 50 anos. A detecção antecipada aumenta significativamente as chances de sucesso no tratamento e na gestão da doença, segundo médicos.

Presidente mais velho dos EUA

Biden deixou a Casa Branca em janeiro ado como o presidente mais velho a ocupar o cargo nos Estados Unidos.

Durante seu mandato, houve questionamentos sobre sua aptidão para continuar na função devido à idade e à saúde.

O ex-presidente democrata abandonou a corrida pela reeleição em meados de 2024 para apoiar a candidatura de sua vice-presidente, Kamala Harris, que foi derrotada nas urnas por Donald Trump.

No início de 2024, o médico pessoal de Biden o declarou apto para continuar no cargo após um exame físico.

Em fevereiro de 2023, Biden teve uma lesão cancerígena retirada do peito em uma operação bem-sucedida, após a qual o então médico da Casa Branca garantiu que não era necessário tratamento adicional.

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