Projeto vai beneficiar 1.300 mulheres em situação de violência doméstica e refugiadas, com capacitação digital e em direitos humanos em 10 capitais brasileiras (Ariel da Silva Parreira/Getty Images)
Editora-assistente de Marketing e Projetos Especiais
Publicado em 22 de maio de 2025 às 12h08.
Última atualização em 22 de maio de 2025 às 12h09.
A operadora Claro e a ONU Mulheres firmaram, nesta terça-feira, 20, um acordo para a implementação do projeto “Mulher + Tech – conexão para novos começos”, voltado ao apoio de mulheres em situação de violência doméstica e refugiadas. A iniciativa conta com o apoio da Anatel e será realizada em 10 capitais brasileiras.
O projeto prevê capacitação em direitos humanos e letramento digital, com o objetivo de promover a autonomia financeira das participantes. Serão beneficiadas 1.300 mulheres ao longo de um ciclo de um ano de atividades.
Dez organizações da sociedade civil, com atuação regional, serão selecionadas por meio de edital para executar as ações locais, sob a supervisão da ONU Mulheres. Essas entidades receberão um investimento inicial, além de e em infraestrutura, com conectividade e equipamentos fornecidos pela Claro.
No início do programa, as participantes receberão um chip da operadora com plano gratuito de 12 meses. Ao final, aquelas que tiverem pelo menos 75% de frequência nas atividades presenciais ganharão um aparelho celular. O objetivo é que as participantes possam aplicar as habilidades digitais desenvolvidas, ampliando suas oportunidades de inserção no mercado de trabalho.
Segundo dados da pesquisa “Visível e Invisível: a vitimização de mulheres no Brasil – 2023”, realizada pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública e pelo DataFolha, 35 mulheres foram agredidas física ou verbalmente por minuto em 2022, totalizando cerca de 51 mil vítimas de violência diariamente.
Um estudo conduzido pela ONU Mulheres, ACNUR e Fundo de População das Nações Unidas apontou que 5,74% das mulheres venezuelanas interiorizadas relataram ter sofrido algum tipo de violência.
“O projeto nasceu de conversas com a Anatel sobre a diferença que o o à conectividade e a ferramentas digitais poderia fazer no dia a dia desse público”, diz José Félix, presidente da Claro, em comunicado. “Temos o propósito de usar a conectividade como uma ferramenta para transformação e uma forte conexão com o pilar de responsabilidade social."
A representante interina da ONU Mulheres no Brasil, Ana Carolina Querino, destaca o papel do letramento digital na autonomia econômica das mulheres. “A digitalização do trabalho revolucionou nossas vidas, mas também amplificou as desigualdades e abriu espaço para novas formas de violência. Por isso, é estratégico investir e mobilizar para diminuir a lacuna que ainda existe no o das mulheres ao conhecimento e recursos”, diz Querino.