Luminar, que já foi avaliada em US$ 3,4 bilhões, busca sobrevivência após demissões em massa e troca de CEO
Luminar: fundada em 2012, empresa desenvolve sensores lidar, que usam pulsos de laser para mapear o ambiente ao redor do veículo (Luminar/Divulgação)

Publicado em 22 de maio de 2025 às 07h42.

A Luminar, empresa especializada em sensores lidar para veículos autônomos, anunciou um acordo que pode injetar até US$ 200 milhões em seus cofres nos próximos 18 meses. O aporte virá da venda de ações preferenciais conversíveis para a Yorkville Advisors Global e um investidor não identificado, segundo documento regulatório divulgado na última quarta-feira, 21.

O anúncio ocorre em meio a uma fase conturbada para a companhia, que recentemente substituiu seu fundador, Austin Russell, no cargo de CEO e presidente do conselho. No lugar dele, assumiu Paul Ricci, ex-líder da Nuance. Além da troca na liderança, a Luminar iniciou sua terceira rodada de demissões desde 2024.

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O acordo prevê a emissão inicial de US$ 35 milhões em ações preferenciais conversíveis. A Luminar poderá vender parcelas adicionais de até US$ 35 milhões a cada 60 dias, com desconto de 4% sobre o valor nominal.

Em comunicado, o CFO da empresa, Tom Fennimore, afirmou que o acordo traz "flexibilidade financeira" e fortalece o balanço patrimonial. "Fizemos progressos significativos em nossos esforços de reestruturação para estender nossa liquidez, e esse capital adicional é mais uma ferramenta para realizarmos nosso valor de longo prazo", disse.

Fundada por Russell em 2012, a Luminar já foi uma das startups mais promissoras do Vale do Silício, ganhando destaque em 2017 durante o auge da empolgação com os carros autônomos. Em 2021, a empresa fechou uma fusão com a SPAC Gores Metropoulos Inc., alcançando uma avaliação de mercado de US$ 3,4 bilhões. Hoje, porém, sua capitalização caiu para US$ 179 milhões.

Apesar de alguns avanços tecnológicos, a Luminar ou por várias reestruturações. Em 2024, demitiu cerca de 30% de seus funcionários em duas levas, que se estenderam até o primeiro trimestre de 2025, totalizando 212 colaboradores cortados. Um novo round de demissões começou em 15 de maio, com custos estimados entre US$ 4 milhões e US$ 5 milhões.

O acordo com a Yorkville pode dar um respiro à empresa, mas o setor de veículos autônomos ainda enfrenta desafios de adoção em massa.

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