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Disney demite centenas de profissionais das áreas de cinema, TV e finanças

Decisão faz parte da reformulação das estratégias de negócios da companhia, em resposta à migração do público da TV paga para as plataformas de streaming

Mateus Omena
Mateus Omena

Repórter

Publicado em 2 de junho de 2025 às 16h15.

Última atualização em 2 de junho de 2025 às 16h23.

Walt Disney demitiu centenas de funcionários nos setores de cinema, televisão e finanças corporativas, nesta segunda-feira, 2. A decisão da companhia de mídia foi informada por uma fonte anônima à agência Reuters.

Os desligamentos afetam diversas equipes das divisões da Disney Entertainment ao redor do mundo, incluindo as áreas de marketing de cinema e TV, publicidade para TV, casting e desenvolvimento.

A Disney e outras empresas estão reformulando suas estratégias de negócios em resposta à migração do público da TV paga para as plataformas de streaming.

Ao assumir o cargo de CEO da Disney, Bob Iger estabeleceu uma meta de pelo menos US$ 7,5 bilhões em redução de custos no início de 2023. Naquele ano, a companhia cortou 7 mil empregos como parte de um esforço para economizar US$ 5,5 bilhões em custos.

No início de março, pelo menos 200 funcionários da Disney foram demitidos, representando quase 6% da força de trabalho do ABC News Group e das redes de entretenimento da Disney, incluindo Freeform e FX, informou o site americano Deadline.

Uma grande reestruturação em outubro de 2024 envolveu o fechamento da ABC Signature, com suas operações incorporadas à 20th Television, e a consolidação das equipes de drama e comédia da ABC e do Hulu Originals. Isso resultou em cerca de 30 demissões na Disney Entertainment Television.

Em julho do mesmo ano, a empresa realizou por outra rodada de cortes de pessoal que impactou cerca de 140 pessoas, representando cerca de 2% da força de trabalho total, 60 delas na National Geographic.

Desempenho acima do esperado

No entanto, em maio, a Disney reportou lucros que superaram as expectativas do mercado, com resultados impulsionados pelo serviço de streaming Disney+, esportes e parques temáticos.

As ações da Disney, que subiram 21% desde o relatório de lucros, caíram 0,5%, para US$ 112,43 nesta segunda-feira.

O streaming também apresentou resultados sólidos, com o lucro operacional direto ao consumidor aumentando em US$ 289 milhões, para US$ 336 milhões. Na reunião anual de acionistas no início desta primavera, Iger falou sobre a criação de novos empregos, principalmente em experiências da Disney, incluindo parques temáticos.

As demissões na Disney também ocorrem na esteira dos cortes de pessoal na NBC Universal, já que a empresa está desmembrando várias redes de TV a cabo em uma nova empresa chamada Versant.

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