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Banco do Brasil (BBAS3) vai pagar R$ 516, milhões em dividendo; veja quem tem direito

Valor é referente ao segundo trimestre de 2025 e será pago em 12 de junho

Dividendos: Banco do Brasil aprovou uma nova rodada de proventos, sendo R$ 516 milhões em juros sobre o capital próprio (J) (Marcelo Camargo/Agência Brasil)

Dividendos: Banco do Brasil aprovou uma nova rodada de proventos, sendo R$ 516 milhões em juros sobre o capital próprio (J) (Marcelo Camargo/Agência Brasil)

Letícia Furlan
Letícia Furlan

Repórter de Mercados

Publicado em 22 de maio de 2025 às 09h31.

Última atualização em 22 de maio de 2025 às 10h16.

O Banco do Brasil (BBAS3) aprovou uma nova rodada de proventos, sendo R$ 516 milhões em juros sobre o capital próprio (J), segundo documento enviado ao mercado na noite de quarta-feira, 21. A decisão, segundo o banco, foi aprovada no dia 19 de maio.

O valor por ação ordinária será de R$ 0,090, pago em 12 de junho, referente ao segundo trimestre de 2025. Investidores que querem aproveitar o dinheiro têm até 2 de junho para comprar o papel. Os papéis am a ser negociados "ex-direitos" a partir de 3 de junho.

Esta iniciativa já estava prevista no cronograma de pagamentos comunicado em fevereiro, quando o BB antecipou R$ 852,5 milhões em proventos referentes ao primeiro trimestre deste ano.

O banco já havia aprovado R$ 1,9 bilhão em juros sobre capital próprio depois dos resultados do primeiro trimestre.

Balanço

O Banco do Brasil terminou o primeiro trimestre com lucro líquido ajustado de R$ 7,3 bilhões, uma queda de 20,7% na comparação com o mesmo período do ano ado.

O resultado ficou bem abaixo das projeções do mercado, frustrando investidores. O consenso da Bloomberg esperava R$ 9,10 bilhões, enquanto analistas do BTG Pactual e do Itaú BBA projetavam R$ 9,6 bilhões e R$ 9 bilhões, respectivamente.

Além disso, é o primeiro recuo após 16 trimestres seguidos de crescimento anual do lucro.

Segundo o banco, a queda no lucro foi influenciada por uma combinação de fatores: a elevação da taxa Selic, mudanças regulatórias e deterioração nos indicadores de inadimplência.

O que são dividendos?

Os dividendos são uma forma de remuneração ao investidor, representando uma parte dos lucros gerados por empresas, fundos imobiliários e outros investimentos que oferecem esses pagamentos.

Cada tipo de ativo segue uma legislação específica para a distribuição de dividendos, que define não apenas a proporção mínima de lucros a ser distribuída, mas também as regras de tributação desses rendimentos.

Quando alguém possui participação em uma empresa, essa participação dá direito a remunerações específicas, como os dividendos, que são pagos proporcionalmente ao número de ações que cada investidor possui.

Todas as empresas listadas na Bolsa de Valores são obrigadas a distribuir dividendos sobre os lucros gerados, pelo menos uma vez ao ano. Contudo, as empresas têm liberdade para determinar o percentual a ser pago, inclusive para ações de baixo valor que pagam dividendos mensais.

A porcentagem mínima de lucros a ser distribuída deve estar estipulada no estatuto social da empresa, conforme a Lei das Sociedades por Ações (Lei das S/A). Se isso não estiver previsto no estatuto, a empresa deve distribuir 50% do lucro líquido ajustado.

Embora não seja obrigatório estabelecer um percentual mínimo, desde que mencionado no estatuto, muitas empresas optam por pagar dividendos elevados para atrair mais investidores, o que é um fator importante na decisão de se tornar acionista.

Como escolher ações que pagam bons dividendos?

Uma das questões a serem avaliadas na escolha das melhores ações desse tipo é o seu payout, que representa o percentual do lucro da empresa que foi destinado aos investidores durante um certo período.

Além disso, outra métrica importante para avaliar isso é o dividend yield, que corresponde ao retorno teórico em porcentagem dos dividendos distribuídos dentro de um determinado período. Nesse caso, ele é obtido pela relação entre os valores por ação pagos aos acionistas pelo preço do papel.

Embora esses dois indicadores sejam importantes, eles não devem ser levados em consideração de maneira isolada. Isso porque os rendimentos pagos no ado não são garantia de retorno futuro.

Assim, é relevante fazer uma análise fundamentalista daquela empresa e verificar qual a perspectiva para ela no futuro. Afinal, será que ela continuará tendo retornos consistentes que permitem a continuidade no patamar atual de distribuição? Quais são as expectativas para o futuro, considerando o contexto da companhia e da economia brasileira e mundial? Tudo isso deve ser levado em conta.

Ademais, o perfil de investidor e os objetivos financeiros pessoais também não podem ficar de fora dessa análise. Isso porque as ações que pagam dividendos contam com seus próprios riscos e o acionista deve ter isso em mente na hora de escolher qualquer empresa para investir.

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