Para Mark Zuckerberg, CEO da Meta (META), o futuro das interações humanas no mundo digital será moldado pela inteligência artificial. Ele acredita que a IA desempenhará um papel central na criação de um novo modelo de conexão social, onde amigos virtuais, terapeutas digitais e agentes de IA substituirão ou complementarão as interações humanas tradicionais.
Durante um com John Collison, cofundador da Stripe, Zuckerberg afirmou que, com o tempo, as pessoas buscarão sistemas de IA que compreendam suas necessidades e sentimentos de forma similar aos algoritmos que já personalizam suas redes sociais.
Segundo ele, isso poderia preencher a lacuna de conexões humanas, com muitas pessoas possuindo menos de três amigos próximos, mas desejando cerca de 15.
A ideia vai além da simples troca de mensagens. Zuckerberg sugeriu que, no futuro, as pessoas que não têm o a terapia tradicional poderiam contar com IA como e emocional. "Todo mundo terá um terapeuta de IA", afirmou ele, destacando que, para muitos, um chatbot seria melhor do que "nenhum apoio emocional".
A IA também teria um papel importante no atendimento ao cliente, oferecendo e em momentos de compra e em diversas interações comerciais.
Meta, a empresa de Zuckerberg, já está implementando essas ideias em seus produtos, com a funcionalidade Meta AI presente em plataformas como Instagram e Facebook, além de dispositivos como os óculos inteligentes da Ray-Ban. A companhia afirmou que quase um bilhão de pessoas estão interagindo mensalmente com essas tecnologias.
Contudo, essa visão de um futuro digital saturado de IA não é universalmente aceita.
Para algumas pessoas, como Meghana Dhar, ex-executiva do Instagram, a criação de amigos virtuais pode não ser a solução para o crescente problema do isolamento social, segundo o Wall Street Journal. Ela acredita que a tecnologia que contribui para a solidão pode, paradoxalmente, estar oferecendo uma "cura" que não resolve a raiz do problema, comparando isso a um incêndio que é alimentado para depois ser apagado.