Startup de inteligência artificial planeja aumento nas taxas do ChatGPT e busca captar US$ 7 bilhões em nova rodada de financiamento.
A OpenAI também está em busca de captar US$ 7 bilhões (R$ 38,01 bilhões) em uma nova rodada de financiamento. (PAU BARRENA/Getty Images)
Fernando Olivieri

Redator na Exame

Publicado em 30 de setembro de 2024 às 08h54.

A OpenAI , startup de inteligência artificia lpor trás do ChatGPT, espera enfrentar um prejuízo significativo de US$ 5 bilhões (cerca de R$ 27,15 bilhões) em 2024, apesar de prever um crescimento expressivo de receita nos próximos anos. De acordo com documentos obtidos pelo The New York Times, a empresa projeta uma receita de US$ 3,7 bilhões (R$ 20,10 bilhões) em 2024, sendo US$ 2,7 bilhões (R$ 14,66 bilhões) gerados pelo ChatGPT e US$ 1 bilhão (R$ 5,43 bilhões) provenientes de outros serviços.

De acordo com a Fortune, a maior despesa da OpenAI está ligada ao poder de computação fornecido pela Microsoft , que hospeda os produtos da empresa em sua nuvem. Mesmo com a receita mensal de agosto alcançando US$ 300 milhões (R$ 1,63 bilhão), um aumento de 1.700% desde o início de 2023, a startup continua a acumular perdas. Apesar disso, a OpenAI prevê que sua receita triplicará até 2025, chegando a US$ 11,6 bilhões (R$ 62,98 bilhões), com a expectativa de alcançar a marca de US$ 100 bilhões (R$ 543 bilhões) em 2029.

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Aumento nas taxas do ChatGPT

Uma parte significativa do crescimento da receita deve vir do aumento nas taxas do ChatGPT. Atualmente, os usuários pagam US$ 20 (R$ 108,60) por mês, mas a OpenAI planeja elevar esse valor para US$ 22 (R$ 119,46) até o final deste ano, com uma nova alta para US$ 44 (R$ 238,92) ao longo dos próximos cinco anos. Este aumento é parte da estratégia da empresa para equilibrar os custos crescentes e continuar expandindo suas operações.

A OpenAI também está em busca de captar US$ 7 bilhões (R$ 38,01 bilhões) em uma nova rodada de financiamento, que pode elevar o valor de mercado da empresa para US$ 150 bilhões (R$ 814,5 bilhões). A rodada de captação envolve grandes investidores, como a firma de capital de risco Thrive Capital, além de empresas como Tiger Global Management e MGX, sediada nos Emirados Árabes Unidos. A Microsoft, uma das principais investidoras da OpenAI, também está em negociações, assim como a Nvidia. Entretanto, a Apple, que estava envolvida nas conversas, teria se retirado das negociações.

Reestruturação e saída de executivos

Outro ponto importante no futuro da OpenAI é a reestruturação de sua governança. A empresa planeja modificar sua estrutura para que sua divisão com fins lucrativos tenha maior independência em relação à fundação sem fins lucrativos que atualmente supervisiona suas operações. Essa mudança pode estar relacionada à saída de executivos importantes, incluindo a renúncia da Diretora de Tecnologia, Mira Murati, em um sinal de que a OpenAI está ando por uma transformação após a tentativa, em 2023, de remover o CEO Sam Altman.

Com essa transição, especula-se que Altman possa receber até 7% de participação acionária na empresa, o que poderia gerar uma injeção de riqueza de cerca de US$ 10 bilhões (R$ 54,3 bilhões) para o executivo. No entanto, a empresa negou que qualquer decisão sobre essa compensação tenha sido tomada até o momento.

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