Inteligência Artificial

OpenAI bloqueia imagens no estilo Ghibli em nova ferramenta do ChatGPT

Após viralizarem nas redes, imagens com estética do estúdio japonês foram proibidas por usarem estilo de artistas vivos; empresa diz que vai revisar regras open

Imagens do ChatGPT: memes refeitos no estilo dos filmes do Studio Ghibli

Imagens do ChatGPT: memes refeitos no estilo dos filmes do Studio Ghibli

André Lopes
André Lopes

Repórter

Publicado em 28 de março de 2025 às 14h58.

Última atualização em 28 de março de 2025 às 15h19.

Imagens fofas de gatos, famílias e memes refeitas no estilo dos filmes do Studio Ghibli, famoso estúdio japonês de animação, tomaram conta das redes sociais nesta semana. Elas foram criadas por usuários do novo gerador de imagens da OpenAI, a mesma empresa responsável pelo ChatGPT.

A onda começou na terça-feira, 25, com a atualização da ferramenta chamada GPT-4o, que agora permite criar imagens a partir de descrições de texto. Mas, no dia seguinte, muitos usuários aram a receber mensagens de bloqueio ao tentar gerar imagens com esse estilo.

Segundo a OpenAI, o sistema ou a impedir pedidos que copiem o estilo de artistas ainda vivos. A empresa disse estar adotando uma “abordagem conservadora” para evitar problemas com direitos autorais, mas ainda permite imagens baseadas em estilos de estúdios ou movimentos artísticos mais amplos.

A decisão afeta diretamente quem tentava criar imagens parecidas com as do Studio Ghibli, que tem uma estética muito marcante: cenários naturais detalhados, personagens expressivos e um estilo de desenho feito à mão. O estúdio foi fundado por Hayao Miyazaki, considerado um dos maiores nomes da animação mundial e um crítico conhecido da inteligência artificial. Em 2016, ao ver uma arte feita por IA, ele afirmou: “Sinto fortemente que isso é um insulto à própria vida”.

O bloqueio reacende uma discussão antiga sobre os limites entre criatividade, direitos autorais e inteligência artificial. Empresas como a OpenAI usam grandes volumes de imagens disponíveis na internet para ensinar seus sistemas a “entenderem” estilos artísticos — o que levanta questões legais e éticas.

 

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