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Segurança financeira na era digital: o impacto da IA na prevenção de crimes cibernéticos

Nos últimos anos, fraudes e prejuízos financeiros tornaram-se uma realidade constante para empresas em todo o mundo

 (MF3d/Getty Images)

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Da Redação
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Redação Exame

Publicado em 25 de maio de 2025 às 10h06.

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Por Paulo César Costa*

A popularização da internet nos anos 1990 impulsionou a velocidade da informação e transformou diversas áreas, incluindo o setor financeiro. O avanço digital possibilitou o desenvolvimento de novas tecnologias de proteção de dados, mas também criou oportunidades para a ação de fraudadores, intensificando a necessidade de segurança cibernética. Nesse contexto, a inteligência artificial (IA) surge como uma ferramenta essencial para aprimorar os processos de segurança das empresas, proporcionando soluções mais eficazes contra fraudes.

Nos últimos anos, fraudes e prejuízos financeiros tornaram-se uma realidade constante para empresas em todo o mundo. Dados recentes ilustram a gravidade do problema. A Associação de Defesa de Dados Pessoais e do Consumidor (ADDP) estimou um aumento de 45% nos crimes digitais em 2024, totalizando cerca de R$5 milhões de fraudes. Segundo um relatório de 2023 do grupo Visa, o Brasil ocupa a segunda posição no ranking mundial de fraudes, com um risco calculado em 14,24%.

De acordo com a ACI Worldwide, fraudes on-line resultaram em perdas de aproximadamente R$ 2,2 bilhões no Brasil apenas em 2023. Com o aumento das transações online, impulsionado pelo uso crescente de dispositivos móveis e pela expansão do e-commerce, os criminosos cibernéticos encontram cada vez mais brechas para atuar de maneira remota e sofisticada.

A inteligência artificial vem revolucionando o setor financeiro ao tornar os processos mais eficientes, seguros e personalizados. Instituições de todos os portes utilizam a tecnologia para otimizar a concessão de crédito, reduzir riscos de inadimplência, prevenir fraudes e aprimorar estratégias de marketing.

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Para extrair o máximo potencial da IA, é essencial contar com bancos de dados robustos que integrem informações cadastrais, transacionais e comportamentais, formando o que se conhece como “Big Data”. No entanto, muitas instituições financeiras não possuem um conjunto completo de dados, recorrendo a bureaux especializados para complementar suas informações ou ar soluções prontas.

Com essa parceria estratégica, é possível expandir a base de dados de forma segura e em conformidade com legislações como a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD). Dessa forma, algoritmos de IA conseguem analisar milhares de variáveis em segundos, oferecendo decisões mais ágeis e precisas. A segurança é um aspecto essencial, com soluções capazes de identificar padrões suspeitos e prevenir fraudes antes que ocorram.

A aplicação da IA na segurança financeira permite processos mais rápidos e eficientes, minimizando erros e elevando a precisão das análises. Entre suas principais funções, destacam-se a detecção de fraudes, a análise de grandes volumes de dados em tempo real para identificar padrões e anomalias, o uso de algoritmos de machine learning que aprendem com dados históricos e identificam transações suspeitas, além da identificação de fraudes como roubo de identidade, clonagem de cartões e lavagem de dinheiro.

A análise de risco avalia detalhadamente cada transação, considerando fatores como histórico do usuário, localização e valor da operação, permitindo o bloqueio de transações suspeitas ou a solicitação de autenticação adicional. A autenticação biométrica, como reconhecimento facial e impressão digital, também garante maior segurança em relação a senhas tradicionais, que podem ser facilmente comprometidas. A automação de processos reduz erros humanos por meio da verificação automatizada de documentos e análise de conformidade.

A adoção da IA na segurança financeira já trouxe avanços significativos, como a detecção de fraudes em tempo real, bloqueando transações fraudulentas antes que causem danos, a redução de falsos positivos, minimizando transtornos para clientes ao identificar padrões de comportamento, a otimização da análise de risco, permitindo avaliações mais precisas e personalizadas, a melhoria da experiência do cliente, garantindo transações mais seguras e ágeis, e a redução de custos operacionais, ao automatizar processos e evitar fraudes de forma proativa.

É fato que a evolução da inteligência artificial está moldando um ecossistema financeiro mais seguro e eficiente, mas que as empresas que investem nessa tecnologia e na qualidade dos dados estarão mais bem preparadas para enfrentar os desafios da era digital. Com a implementação adequada da IA, tanto instituições financeiras quanto consumidores podem usufruir de um ambiente mais confiável, reduzindo riscos e otimizando experiências financeiras.

*Paulo César Costa é CEO da PH3A, empresa com atuação no mercado de Tecnologia da Informação. Matemático e cientista da computação com atuação no mercado brasileiro de DBM e CRM, Paulo criou sua primeira empresa em 1995, a Informarketing, e seus algoritmos (matchcode, modelos de crédito e fraude) foram utilizados em operações de grandes empresas e responsáveis pela prospecção de cartões de crédito dos principais bancos no Brasil.

 

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