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Novas ferramentas de Inteligência Artificial já se tornaram essenciais para potencializar os resultados de marketing (Getty Images/Reprodução)
Redação Exame
Publicado em 30 de novembro de 2024 às 10h00.
A Geração Z tem dificuldade em compreender como era a infância e adolescência das gerações anteriores. Acostumados desde cedo a redes sociais, serviços de streaming e plataformas de vídeos, esses jovens podem ar qualquer conteúdo desejado a qualquer momento, sem saber o que é esperar a hora certa para assistir ao desenho preferido.
Mesmo a geração anterior, que cresceu com a internet, não experimentou as mesmas formas de interação que vemos hoje. Agora, vivemos outra revolução que promete transformar, mais uma vez, as estruturas fundamentais da internet.
A internet se popularizou no início da década de 1990 de forma muito diferente da atual. Além do som característico da conexão discada, essa época ficou marcada pela baixa velocidade de , que permitia apenas páginas estáticas, quase sem interação com os leitores. Era uma relação unilateral: conteúdo escrito de um lado e lido do outro. Esse período ficou conhecido como Web 1.0.
Com a ascensão das Big Techs e das redes sociais a partir dos anos 2000, a internet ou por uma verdadeira revolução. Gavin Wood, cientista da computação, define esse momento como o início da Web 2.0. Grandes corporações perceberam o valor de intermediar a identidade dos usuários e monitorar suas interações.
Assim, surgiram funcionalidades como botões de curtidas, comentários, postagens, compartilhamentos e o único, por exemplo “Conectar com sua conta Google”.
Esse modelo de intermediação tornou-se central para os negócios dessas empresas, permitindo que entregassem propagandas de forma mais eficiente ao público-alvo. No entanto, a falta de ética e cuidado com os dados gerou diversos problemas, como vazamentos e até a comercialização indevida de informações.
O escândalo da Cambridge Analytica, que coletou irregularmente dados de quase 90 milhões de usuários do Facebook para influenciar campanhas eleitorais, é um exemplo marcante.
A partir de 2020, as redes blockchain de contratos inteligentes estavam suficientemente maduras para proporcionar ferramentas capazes de causar uma nova transformação. A Web 3.0, ou Web3, surge com a promessa de maior transparência, governança descentralizada e propriedade de ativos digitais.
Essa tecnologia permite que os usuários gerenciem os os que aplicações terão aos seus dados, promovendo uma internet mais segura e controlada por seus próprios participantes.
Na Web3, as comunidades são o alicerce de toda a estrutura, com decisões e ações mais descentralizadas. Elas não apenas reúnem pessoas com interesses em comum, mas também criam ambientes de aprendizado, colaboração e tomadas de decisão coletivas, muitas vezes realizadas por meio de votações em blockchains.
Essas comunidades vão além de grupos de discussão: são forças motrizes na construção de uma nova forma de organizar a internet.
Participar de uma comunidade Web3 oferece aos integrantes a chance de aprender sobre novas tecnologias enquanto contribuem ativamente para moldar o futuro do ecossistema. Democratização, educação, inovação e networking transformam essas comunidades em hubs de criatividade e impacto.
Embora ainda fortemente ligadas a temas como criptomoedas e NFTs, essas comunidades já abrangem iniciativas sociais, ambientais e experimentos em redes sociais descentralizadas (DeSoc) e ciência descentralizada (DeSci).
Embora nascida em um contexto digital descentralizado, a essência colaborativa das comunidades Web3 tem o potencial de transformar a maneira como organizações e comunidades Web2 operam. Ao adotar práticas inspiradas na Web3, empresas e grupos tradicionais podem criar ambientes mais participativos e inovadores.
Entre os conceitos aplicáveis ao modelo Web2 estão a governança participativa, que inclui clientes e funcionários nas decisões estratégicas, fortalecendo o senso de pertencimento, e a transparência operacional, promovida por ferramentas como dashboards públicos e rastreamento de processos, que aumentam a confiança e a clareza nas interações.
Além disso, práticas de educação e co-criação, como workshops e desenvolvimento colaborativo de ideias, permitem que os membros contribuam diretamente para o sucesso coletivo.
Essas práticas fortalecem relações, criam uma base sólida para inovação contínua e aumentam a fidelidade do público. À medida que seus conceitos são adaptados para a Web2, um novo modelo de interação e construção coletiva emerge, priorizando transparência, pertencimento e inovação.
No futuro, a combinação de tecnologias descentralizadas com estratégias participativas poderá redefinir o papel das comunidades no ambiente digital. Este é apenas o início de uma era onde colaboração, aprendizado e impacto caminham juntos para transformar não apenas a internet, mas também a sociedade.
*Gabriella Mena é Operations Leader I Hub Brasil.
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