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Redação Exame
Publicado em 25 de maio de 2025 às 11h07.
Por muito tempo o Brasil foi chamado de “o país do futuro”, uma promessa que, na área da inovação tecnológica, começa enfim a se cumprir de maneira clara e consistente. Nosso país vem se consolidando como referência não apenas para os vizinhos latino-americanos, mas também como um polo de soluções inovadoras observado de perto por mercados maduros ao redor do mundo.
Essa liderança já é visível em áreas estratégicas. O sistema financeiro, por exemplo, viveu uma verdadeira revolução com o Pix, sistema de pagamentos instantâneos desenvolvido pelo Banco Central em parceria com instituições públicas e privadas. A iniciativa não só superou o dinheiro em espécie como principal meio de pagamento no país, como também movimentou cerca de R$ 26 trilhões apenas em 2024. O sucesso da ferramenta tem inspirado outros países da região a adotarem modelos similares, colocando o Brasil na vanguarda da transformação digital bancária.
Outro setor em que o país se destaca é a cibersegurança. Somos hoje o maior mercado da América Latina nesse segmento em termos de receita, conforme dados da consultoria Mordor Intelligence, que aponta crescimento anual da área em torno de 10% e faturamento de US$ 4,85 bilhões até 2027. Isso é, em parte, reflexo de uma realidade desafiadora: o Brasil ocupa o segundo lugar no ranking mundial de países mais atacados virtualmente, atrás apenas dos Estados Unidos.
Em resposta, empresas e instituições têm investido fortemente em proteção digital, e os resultados aparecem: o país ou a figurar, em 2024, entre os modelos globais no 5º Índice Global de Cibersegurança (GCI).
A inovação também deu seu salto por meio da escuta ativa das necessidades do consumidor. No campo da observabilidade, empresas brasileiras saíram na frente ao detectar, de forma precoce, as demandas de seus clientes. Isso gerou o desenvolvimento de soluções robustas que agora servem de referência para outros países da região, onde o conceito ainda é incipiente.
Mas o que nos trouxe até aqui?
A chave está no comprometimento do setor tecnológico com a formação contínua de talentos e na abertura para aprender com os mercados mais avançados, como os Estados Unidos e a China. A habilidade de absorver tendências globais e adaptá-las à realidade local tem sido essencial para alimentar esse ciclo virtuoso de inovação.
A cultura de inovação também é respaldada por uma sociedade que, embora consciente dos desafios, é altamente receptiva à tecnologia. Segundo a 45ª edição do relatório “Data Stories – Tecnologia + Humanidade”, da Kantar Ibope Media, 88% dos brasileiros afirmam gostar de soluções tecnológicas que facilitem o dia a dia — número superior à média global. Isso contrasta com a preocupação de 70% dos latino-americanos em relação ao impacto da tecnologia nas relações humanas, evidenciando um espírito mais otimista e aberto no Brasil.
Esse protagonismo também se reflete no campo acadêmico e científico. Um levantamento do Centro de Gestão e Estudos Estratégicos (CGEE), ligado ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação, mostra que o Brasil possui 144 unidades de pesquisa dedicadas à inteligência artificial — reforçando seu papel como um dos principais centros de excelência em IA na região.
De acordo com o Índice Global de Inovação (IGI) 2024, publicado pela Organização Mundial da Propriedade Intelectual (OMPI), o Brasil lidera a América Latina e Caribe em inovação. Logo atrás vêm Chile e México, com Uruguai, Colômbia, Argentina, Costa Rica e Peru completando o ranking das economias mais inovadoras da região.
Esse apetite por inovação e resultados vai além do uso cotidiano da tecnologia e se estende também ao meio acadêmico e científico. Um estudo do Centro de Gestão e Estudos Estratégicos (CGEE), vinculado ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação, revela que o Brasil abriga hoje 144 centros de pesquisa dedicados à inteligência artificial. Esse número coloca o país entre os principais polos de desenvolvimento em IA na América Latina, reforçando seu protagonismo na produção de conhecimento e inovação tecnológica.
O Brasil se move, não apenas para acompanhar o futuro, mas para moldá-lo. Com ousadia, resiliência e estratégia, estamos mostrando ao mundo, e especialmente aos nossos vizinhos, que o amanhã já começou por aqui.
*Rodrigo Bocchi é CEO da Delfia, curadoria de jornadas digitais.