Mesmo na Série B, clube vê valorização com investimento em estrutura
Redação Exame Publicado em 14 de janeiro de 2025 às 14h11. Última atualização em 14 de janeiro de 2025 às 14h25.
Após não renovar com o seu patrocinador máster, a Drebor, o Cuiabá está em busca de um novo parceiro para 2025. Considerada uma das principais vitrines da Região Centro-Oeste, a equipe auriverde avalia a negociação com uma plataforma de apostas, já que este mercado ou desde o último dia 1º a estar plenamente regulamentado.
“Esperamos chegar a um acerto o mais rápido possível, mas também só vamos conversar quando entendermos que a proposta é satisfatória e dentro do que o Cuiabá entende que pode proporcionar atualmente como vitrine”, disse Cristiano Dresch, presidente do Cuiabá.
O Dourado não divulga a projeção de quanto quer chegar pela valorização de seu espaço máster, mas acredita que possa atingir patamares significativos. Mesmo na Série B do Brasileiro em 2025, o clube se vê valorizado com a construção de um novo centro de treinamento, orçado em R$ 50 milhões, o fato de atuar num estádio de Copa do Mundo, a Arena Pantanal.
Além disso, recentemente, o mandatário do clube declarou que em conversas envolvendo novos reforços visando o ano de 2025, os jogadores possuem o desejo de atuar no Cuiabá, muito em razão da boa estrutura e gestão que o clube adotou nos últimos anos.
Atualmente, o Cuiabá está longe de depender do agronegócio para equilibrar as contas. Hoje, o Sicred e o Agro Amazônia, companhias ligadas diretamente ao setor, patrocinam o clube, mas correspondem a menos de 10% da receita anual do Dourado. O restante do faturamento vem dos direitos de transmissão, venda de atletas, sócio-torcedor e bilheteria.
O Mato Grosso é o estado que mais produz para o agro no Brasil. Segundo análise do Ministério da Agricultura e Pecuária, a região lidera o ranking dos 100 municípios mais ricos no agronegócio em 2023, com 36 municípios no total.
“Foi criado um mito enorme em cima do Cuiabá, de falar que somos o time do agro. Todos os investimentos que nós fizemos são das próprias receitas e do próprio lucro que o clube deu durante esses anos. Nós não tivemos nenhum investidor milionário do agronegócio que veio aqui dentro do Cuiabá e colocou dinheiro” explicou Dresch.
Após quatro temporadas consecutivas disputando a elite do futebol brasileiro, o presidente aborda os desafios que irá enfrentar para recolocar o Dourado na primeira divisão.
“Sabemos que a visibilidade é um pouco menor na Série B, então, este é o momento do clube ser fortalecido e abraçado. Nós temos um Projeto de Lei do Incentivo do Esporte aprovado. Ou seja, as empresas, ou até mesmo pessoas físicas, podem doar um imposto de renda para o clube. Em vez de pagarem o governo, doam diretamente para o clube. Está mais do que provado que o Cuiabá vem fazendo um trabalho sério, correto e que traz credibilidade para quem quiser investir”, acrescenta.
Além do o para a Série A do Campeonato Brasileiro em 2021, algo que um time mato-grossense não conseguia há 35 anos, o Cuiabá também disputou competições internacionais, como a Copa Sul-Americana, em 2022 e 2024. O último time da região que havia disputado a elite do futebol brasileiro foi o Operário de Várzea Grande, em 1986.
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