Resultados iniciais mostram uma redução de 90% na quantidade de agrotóxicos necessários na defesa das plantações, o que reduz a contaminação no solo, água e à saúde
Repórter de ESG Publicado em 28 de abril de 2025 às 15h15.
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Uma nova parceria entre o Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia em Nanotecnologia para Agricultura Sustentável (INCT NanoAgro) e a companhia de inteligência artificial Solinftec quer transformar o manejo de infestações agrícolas através da combinação de nanotecnologia e robótica.
A partir do projeto, o Instituto utiliza o robô Solix Ag Robotics, da Solinftec, para fazer a identificação das plantas daninhas e direcionar a aplicação sustentável dos defensivos agrícolas. A iniciativa é divulgada com exclusividade para a EXAME.
O projeto, ainda em fase de desenvolvimento de processo escalável, visa reduzir significativamente o uso de herbicidas nas lavouras. Isso garante que a contaminação no solo, água e vegetação a partir dos pesticidas seja menor, reduzindo os efeitos para a saúde humana e o impacto ambiental.
O INCT NanoAgro é responsável pelo desenvolvimento de nanopartículas que encapsulam e liberam herbicidas de forma controlada, potencializando sua eficácia com menor quantidade de produto.
O robô, que opera de forma autônoma e é movido a energia solar, utiliza inteligência artificial, visão computacional e machine learning para identificar plantas daninhas e fazer aplicações localizadas de defensivos.
Testes iniciais demonstram que, enquanto o método tradicional de aplicação do herbicida atrazina exige cerca de 2.000 gramas por hectare para atingir 100% de efetividade, a nova tecnologia consegue os mesmos resultados utilizando apenas 180 gramas - uma redução de 90% na dosagem necessária.
"Quando aliamos a nossa tecnologia às nanopartículas, a diminuição dequímicosno solo pode ser ainda maior", afirma Bruno Pavão, chefe de operações robóticas da Solinftec.
A redução no uso de herbicidas representa ganhos ambientais importantes, como menos resíduos químicos no solo e nos recursos hídricos, diminuindo riscos de contaminação e impactos na biodiversidade.
Ville Pontificie: a fazenda centenária do Papa que produz azeite, ovos e vinhosDo ponto de vista econômico, estimativas da equipe técnica projetam uma economia de até R$70 por hectare tratado, considerando custos com produto químico, transporte e aplicação.
"Estamos falando de uma tecnologia que alia alta eficiência no controle de infestações com expressiva redução no uso de defensivos químicos. Isso significa proteger o meio ambiente sem comprometer a produtividade, algo essencial para o futuro da agricultura", explica o professor Leonardo Fraceto, coordenador do INCT NanoAgro.