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'Oceano silencioso': entenda a iniciativa para combater a poluição sonora nos mares

Grupo de países lança iniciativa a favor de um 'oceano silencioso'

]Baleias, golfinhos, peixes... muitas espécies são afetadas por essa poluição submarina (Julie Larsen Maher/Divulgação)

]Baleias, golfinhos, peixes... muitas espécies são afetadas por essa poluição submarina (Julie Larsen Maher/Divulgação)

AFP
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Agência de notícias

Publicado em 10 de junho de 2025 às 10h43.

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Uma coligação de 37 países, liderada pelo Panamá e pelo Canadá, comprometeu-se na segunda-feira em Nice (sudeste da França) a combater uma ameaça importante, porém invisível: a poluição sonora do transporte marítimo, que prejudica inúmeras espécies marinhas.

Baleias, golfinhos, peixes... muitas espécies são afetadas por essa poluição submarina, que interfere em sua capacidade de se orientarem, comunicarem, caçarem, reproduzirem e evitarem predadores.

Os membros da coligação por um "oceano silencioso" (entre eles França, Grécia e Portugal) am uma declaração comprometendo-se a avançar no design e na operação de embarcações mais silenciosas.

"Frequentemente, a questão do ruído nos oceanos tem sido deixada à margem do discurso ambiental global. Com esta coligação, comprometemo-nos a agir de maneira decisiva para proteger a biodiversidade marinha desta ameaça invisível, mas poderosa", declarou Juan Carlos Navarro, ministro do Meio Ambiente do Panamá, citado em um comunicado.

"O oceano é um mundo acústico onde o som é sinônimo de sobrevivência, a vida marinha depende dele para se comunicar, navegar e encontrar alimento. A poluição sonora de origem humana sufoca esses sons vitais, mas a solução está ao nosso alcance", destacou Carlos Bravo, especialista da ONG OceanCare.

Os membros da coligação também se comprometem a integrar medidas de redução de ruído na criação e gestão de suas áreas marinhas protegidas, bem como implementar soluções para reduzir o ruído das embarcações a fim de proteger a vida marinha.

O ruído das hélices dos navios, a exploração petrolífera, os sonares militares ou a construção de turbinas eólicas no mar podem percorrer longas distâncias sob a água, segundo o WWF.

As belugas podem detectar os sons emitidos por navios quebra-gelo a distâncias de até 85 quilômetros, o que as faz entrar em pânico e fugir. Outros mamíferos marinhos modificam seu comportamento diante do estresse acústico.

A poluição sonora oceânica também afeta peixes, as e tartarugas marinhas.

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