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Trabalho de restauração e adaptação climática ajuda a combater os efeitos das mudanças climáticas, que ameaçam setor de seguros
Repórter de ESG
Publicado em 5 de junho de 2025 às 17h37.
Em janeiro, a Mapfre e a Reservas Votorantim, área de gestão de biomas da companhia, anunciaram uma parceria com foco na neutralização de emissões de carbono da seguradora. Chamado Floresta Mapfre, o projeto busca restaurar cerca de 30 hectares degradados da Mata Atlântica, compensando aproximadamente 5 mil toneladas de carbono até 2028.
O que surgiu como uma meta ambiental agora cresce para moldar o legado sustentável da Mapfre. De acordo com o CEO, Felipe Nascimento, o trabalho agora é “plantar” o futuro da empresa. A companhia conta com a expectativa de cultivar 42 mil mudas no Parque Estadual Carlos Botelho, uma área de conservação ambiental de mais de 37 mil hectares no interior de São Paulo, reconhecida como Patrimônio Natural pela UNESCO.
“Entendemos que não é contraditório o crescimento rentável com ações socioambientais. Essas coisas andam lado a lado, são complementares”, explica Nascimento, que conversou com jornalistas durante uma visita à reserva da companhia na cidade de Miracatu.
Segundo Nascimento, o objetivo da parceria, com duração de quatro anos, é tangibilizar a pauta da responsabilidade socioambiental para além das discussões nos escritórios em São Paulo. “É muito importante envolver a comunidade na preservação. Um dos compromissos da Reservas Votorantim que nos atraiu para essa parceria é o modo como eles tratam todo esse ecossistema de forma unida”, explicou.
“O David Canassa, diretor das Reservas Votorantim, nos explicou sobre o processo para manter a sustentabilidade do entorno em todos os sentidos, não só ambiental, mas também do ponto de vista social”, conta. Essa estratégia inclui compras com fornecedores locais e capacitações com a comunidade, para que possam prestar serviços em locais de grande porte.
A estratégia da Mapfre e Reservas Votorantim para neutralizar as emissões da seguradora até 2028De acordo com o cronograma do projeto, todas as mudas devem ser plantadas até 2025. Esse trabalho começa na área da Floresta Mapfre com a triagem e plantio das sementes em tubetes. Cada uma das mudas é identificada a partir da data de semeadura, o que ajuda a direcionar o cuidado necessário para cada organismo. As sementes são desenvolvidas em areia, o que facilita a repicagem, processo em que se retira da “incubadora” para o meio ambiente.
Após o cultivo, as plantas am a receber adubo e fertilizantes para crescerem mais saudáveis e rapidamente. Mais de 200 espécies de nativas foram selecionadas, desde jatobás e calateias até árvores de grande porte.
Até que as árvores em a compensar suas emissões, a companhia operará com a compra de créditos de carbono. “Estamos chegando em um dos melhores patamares ambientais da nossa história. Se você acompanhar os nossos relatórios de sustentabilidade, nossas emissões reduziram drasticamente nos últimos anos”, explica Isabella Santana, especialista ambiental da Mapfre.
A preocupação com a biodiversidade também está entre as prioridades da Floresta Mapfre. O parque onde o projeto está localizado é um dos corredores ecológicos que abriga a maior população de muriquis-do-sul, uma espécie de primata que corre grave risco de extinção.
O CEO ainda conta que o trabalho de restauração e adaptação climática ajuda a combater os efeitos das mudanças climáticas, uma grande ameaça ao setor de seguros e à área de atuação da Mapfre. “Enchentes, secas e incêndios são eventos que vemos com cada vez mais frequência. Quando se busca cobertura securitária para isso, há um agravamento do risco ao negócio”, explica.
“Toda iniciativa que puder conter esse agravamento, em benefício de uma sociedade, consegue evitar que esses incidentes aconteçam com maior frequência ou maior severidade”, conclui.