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Energia nuclear: Reino Unido inaugura primeira usina em 30 anos, com investimento de R$ 105 bilhões

Além da instalação da usina Sizewell C, na costa leste do país, governo ainda anunciou construção de usinas menores, que custarão R$ 18,8 bilhões

Fontes nucleares hoje representam 14% do consumo energético do Reino Unido (Getty Images)

Fontes nucleares hoje representam 14% do consumo energético do Reino Unido (Getty Images)

Letícia Ozório
Letícia Ozório

Repórter de ESG

Publicado em 13 de junho de 2025 às 08h00.

O Reino Unido anunciou nesta terça-feira, 10, investimentos de R$ 105 bilhões para a construção da usina nuclear Sizewell C, a primeira anunciada desde 1995. A construção deve acontecer na região de Suffolk, na costa leste do país, onde foi identificado o potencial para a obtenção da energia limpa em 2009.

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A usina, que deve ajudar a abastecer 6 milhões de casas, também será responsável por gerar 10 mil empregos na região. A maior parcela do financiamento será de verba do governo, destinada para a estatal sa EDF, que também é responsável pela usina atualmente em operação, Sizewell B – que deve encerrar suas operações em 2035. A primeira usina, a Sizewell A, foi desligada em 2006.

Usinas nucleares e geração de energia limpa

Apesar de demandarem investimentos bilionários, as usinas são responsáveis pela segurança energética de boa parte do Reino Unido, produzindo volumes constantes de energia com poucas emissões de carbono. Segundo informações do governo, 14% da energia consumida no último ano no país derivou de fontes nucleares.

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Os combustíveis fósseis representaram 29% da eletricidade consumida no país, enquanto fontes renováveis somaram 45%.

O governo também anunciou a criação de pequenos reatores nucleares, que integrarão uma espécie de “mini-usinas”, em parceria com a Great British Energy, companhia estatal. São ao todo investimentos de R$ 18,8 bilhões nessas usinas modulares, que devem ser construídas em fábricas.

Desafios ambientais

Apesar de representar uma fatia crescente do consumo energético britânico, as energias nucleares apresentam graves riscos ambientais. Os rejeitos do processo produtivo são radioativos – e exigem armazenamento e destinação corretas para evitar a contaminação no meio ambiente.

Os riscos de acidentes e vazamentos, que já são preocupantes durante a geração de outras formas de energia, são devastadores quando falamos da energia nuclear. Os casos mais famosos desses desastres aconteceram nas cidades de Chernobyl – em 1986, na antiga União Soviética (atualmente no território da Ucrânia) – e em Fukushima – em 2011, no Japão.

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