Audiência na Comissão de Transparência, Governança, Fiscalização e Controle e Defesa do Consumidor durou pouco mais de uma hora
Plataforma de conteúdo Publicado em 24 de abril de 2025 às 15h50. Última atualização em 24 de abril de 2025 às 18h22.
O presidente do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Márcio Pochmann, falou à Comissão de Transparência, Governança, Fiscalização e Controle e Defesa do Consumidor (CTFC) no Senado Federal na tarde de quarta-feira, 23, em uma audiência quase sem presença de parlamentares.
A comissão é presidida pelo senador Hiran Gonçalves, ausente, e a sessão acabou conduzida por Damares Alves. Procurada pelaEsfera Brasil, a assessoria legislativa informou que Gonçalves cumpria compromissos de agenda com o ministro do Esporte, André Fufuca, em Roraima, seu estado de origem.
O convite a Pochmann foi aprovado em 12 de março pelos parlamentares, e o requerimento foi assinado de forma conjunta entre o presidente da comissão e a senadora Tereza Cristina, que tampouco compareceu à audiência na quarta-feira. Ex-ministra de Jair Bolsonaro, a senadora estava em Buenos Aires, representando o Brasil na 2ª Cúpula Agro Global Sul-Americana.
Segundo informações de sua página na internet, a CTFC conta com 16 senadores titulares e 9 suplentes. De acordo com a assessoria legislativa, 17 senadores registraram sua presença no na audiência em que Pochmann participou, na quarta-feira, e a ausência de parlamentares de forma presencial se deu devido ao “choque de agendas”.
Presencialmente, foram duas breves intervenções em aproximadamente uma hora. Em suas falas, Beto Faro e Jaques Wagner, ambos do Partido dos Trabalhadores (PT), não trouxeram questionamentos e se restringiram a cumprimentar o convidado. Antes disso, no início da sessão, Damares informou que havia dois senadores inscritos, mas não informou os nomes dos parlamentares.
No requerimento aprovado na comissão, os parlamentares afirmavam que a ida de Pochmann ao colegiado seria no sentido de obter explicações sobre a criação da Fundação IBGE+, medida que gerou forte reação interna e culminou na saída de diretores. Por fim, a iniciativa não vingou, e a criação foi suspensa por decisão do Ministério do Planejamento e Orçamento.
“Não há risco algum de comprometimento de qualquer pesquisa. As pesquisas pertencem a quem as fazem. Eu nem olho. Não há uma interferência nesse sentido”, explicou Márcio Pochmann a uma comissão vazia. Ele está no IBGE desde 2023, e sua gestão tem sido marcada por polêmicas desde o início.
“Uma crise deu origem ao requerimento, e pode ser que de lá para cá muita coisa pode ter se esclarecido”, afirmou a eventual presidente em sua fala de abertura. “Quarta-feira é um dia muito corrido para nós, senadores. Todos estão divididos em diversas comissões. Não se sinta desprestigiado por estarmos com a comissão esvaziada. As assessorias estão acompanhando”, disse Damares ao presidente do IBGE enquanto o questionava.