Segundo o Ministério de Minas e Energia (MME), o objetivo da abertura é dar “liberdade de escolha para todos os consumidores” (Reprodução)
Agência de notícias
Publicado em 22 de maio de 2025 às 12h21.
Última atualização em 22 de maio de 2025 às 12h37.
Pela reforma do setor elétrico nacional anunciada ontem, consumidores de baixa tensão, como residências e pequenos estabelecimentos comerciais, poderão ar o mercado livre de energia elétrica. É um o além na abertura do setor. No ano ado, negócios de porte entre pequeno e médio foram autorizados a contratar eletricidade dessa forma.
Antes do início da abertura, apenas grandes consumidores, como indústrias ou operadores de infraestrutura, podiam contratar no mercado livre. Residências e pequenos negócios têm a eletricidade fornecida pelas concessionárias de distribuição, sob supervisão da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).
Segundo o Ministério de Minas e Energia (MME), o objetivo da abertura é dar “liberdade de escolha para todos os consumidores” e promover a “competição no mercado de energia elétrica”. A promessa é de economia na conta de luz. Mas o mercado livre é mais complexo, com variáveis como duração dos prazos de contrato e vaivém nos preços.
Hoje, os consumidores de pequeno porte não podem escolher a operadora. A eletricidade é fornecida apenas pela distribuidora local — como a Light no Rio ou a Enel em São Paulo —, que atuam no chamado mercado regulado, com exclusividade na concessão. No mercado livre, os consumidores am a escolher o fornecedor, “similar a telefonia, internet, banco”, informou o MME na apresentação sobre a reforma.
Consumidores de baixa tensão da indústria e do comércio serão autorizados a contratar no mercado livre a partir de agosto de 2026. Para os demais, como residências, a data é dezembro de 2027. Os dois prazos foram antecipados — numa minuta da MP apresenta pelo MME à Casa Civil, as datas de entrada dos pequenos consumidores no mercado livre eram mais à frente; no caso das residências, a partir de 2028.
Atualmente, cerca de 80 mil consumidores estão no mercado livre, segundo o MME. Em agosto de 2024, eram 50,5 mil. O salto se deveu à abertura. Desde janeiro de 2024, todos os consumidores de média e alta tensão foram autorizados a usar o mercado livre, mesmo com consumo não tão alto. Com isso, houve uma corrida de restaurantes, varejistas, escolas e até condomínios, em busca de economias que podem chegar a 40%.
Pelas regras do ano ado, os interessados contratam uma empresa intermediária — a “comercializadora varejista” — para comprar a eletricidade diretamente das geradoras. A energia continua chegando pela rede da concessionária local. Assim, o consumidor a a ter duas contas, uma com a comercializadora e outra com a distribuidora, que cobra pela rede — em alguns casos, a cobrança pode ser unificada.