Governo projetou que alcançará um resultado positivo nas contas públicas, equivalente a 0,25% do PIB no próximo ano, segundo dados do Ministério do Planejamento
Repórter especial de Macroeconomia Publicado em 15 de abril de 2025 às 17h13. Última atualização em 15 de abril de 2025 às 17h28.
O governo enviará nesta terça-feira, 15, ao Congresso Nacional o Projeto de Lei Diretrizes Orçamentárias ( PLDO ) de 2026 com a previsão de que o valor do salário mínimo atingirá R$ 1.630.
Essa correção considera a política de valorização do salário mínimo, composta pela soma de dois indicadores: o Índice Nacional de Preço dos Consumidores (INPC) dos últimos 12 meses até novembro e o Produto Interno Bruto (PIB) consolidado de dois anos anteriores, limitado a 2,5%. Em 2024, o crescimento econômico totalizou 3,4%, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Esse reajuste trará ainda mais pressão sobre as contas públicas, já que o ritmo de crescimento de despesas previdenciárias e assistenciais será maior que o limite de 2,5% previsto no arcabouço. Na prática, o governo precisará conter outros gastos para bancar essas rubricas ou elevar a arrecadação.
O governo também estimou que atingirá um superávit primário de 0,25% do Produto Interno Bruto (PIB) em 2026, o equivalente a R$ 34,3 bilhões.
Para 2027, a projeção da equipe econômica é de que o superávit primário alcance 0,5% do PIB, e totalize R$ 73,4 bilhões.
A estimativa para 2028 é de que a economia para pagar os juros da dívida chegue a 0,75% da geração de riquezas no país e totalize R$ 157,3 bilhões.
Nas contas do Ministério do Planejamento, a dívida pública continuará em trajetória de crescimento até 2028.
Para 2026, a estimativa é de que endividamento público seja equivalente a 81,8% da geração de riquezas no país.
Para 2027, a projeção é de chegue a 83,6% do PIB. E, em 2028, alcance 84,2% da geração de riquezas no país.