Economia

Colômbia: primeiro-ministro espanhol busca apoio contra expropriação

Em campanha na América Latina contra a expropriação da YPF, o primeiro-ministro da Espanha conversa hoje com o presidente da Colômbia

Rajoy chegou ontem à noite a Bogotá para participar do Fórum de Investimentos Colômbia-Espanha de Cooperação, que reúne empresários dos dois países (Javier Soriano/AFP)

Rajoy chegou ontem à noite a Bogotá para participar do Fórum de Investimentos Colômbia-Espanha de Cooperação, que reúne empresários dos dois países (Javier Soriano/AFP)

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Da Redação

Publicado em 19 de abril de 2012 às 08h50.

Brasília – Em campanha na América Latina contra a expropriação, pelo governo da Argentina, da petrolífera espanhola YPF, istrada pela Repsol, o primeiro-ministro da Espanha, Mariano Rajoy, conversa hoje (19) com o presidente da Colômbia, Juan Manuel Santos. Ontem, Rajoy se reuniu com o presidente do México, Felipe Calderón. Não há previsão da visita de Rajoy ao Brasil nem aos demais países do Mercosul (Argentina, Paraguai e Uruguai).

Rajoy chegou ontem à noite a Bogotá para participar do Fórum de Investimentos Colômbia-Espanha de Cooperação, que reúne empresários dos dois países. Ele receberá ainda o título de doutor honoris causa da Universidade Sergio Arboleda, em Bogotá, e depois conversa com Santos.

Em discussão, a decisão do governo da presidenta argentina, Cristina Kirchner, referendada pelo Senado do país, de expropriar a empresa YPF. A ideia é que o governo fique com 51% das ações. A justificativa da presidenta é que a exploração de petróleo e hidrocarbonetos deve ficar sob a responsabilidade da União.

Para os argentinos, o pedido de indenização exigido pela Repsol não corresponde à quantia avaliada pelas autoridades do país. A União Europeia e o Fundo Monetário Internacional (FMI) condenaram a decisão de Cristina Kirchner e demonstraram preocupação com as consequências. Empresas espanholas ameaçam suspender investimentos na Argentina.

Os governos do Brasil e do Chile respaldaram a decisão da Argentina. Para ambos, a medida se baseia na soberania argentina. O ministro das Relações Exteriores, Antonio Patriota, disse ontem (18) que o assunto está sendo “monitorado” e acompanhado pelas autoridades brasileiras.

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