Agência de Notícias
Publicado em 21 de maio de 2025 às 19h34.
Última atualização em 21 de maio de 2025 às 19h50.
A China pediu aos países-membros da Organização Mundial do Comércio (OMC) que respondam “com calma” às perturbações que as tensões tarifárias causaram ao comércio global e que seja preservado o comércio que ainda não foi afetado por elas.
“Precisamos estabilizar nossas relações comerciais para garantir que os 87% restantes do comércio mundial continuem a operar sem problemas de acordo com as regras da OMC”, declarou a delegação chinesa em comunicado aos outros países-membros do órgão na reunião do Conselho Geral de 20 e 21 de maio.
Uma semana após a entrada em vigor da “trégua” comercial acertada entre Estados Unidos e China, a delegação chinesa disse à OMC que “embora a negociação bilateral possa ser um meio de mitigar ou resolver atritos comerciais”, ela deve continuar a ser conduzida de acordo com as regras do órgão internacional.
A delegação acrescentou que “em face do unilateralismo e da intimidação, a China tomou e continuará a tomar medidas enérgicas” para proteger seus direitos e interesses legítimos, mas também para “defender as regras do comércio global e a equidade e justiça internacionais”.
A delegação dos EUA na OMC enfatizou que “o sistema de comércio unilateral, da forma como está sendo construído atualmente, não tem sido capaz de enfrentar os sérios desafios que enfrenta”, incluindo os crescentes desequilíbrios comerciais ou “práticas contrárias aos princípios” do órgão internacional.
“A reforma adequada precisará do envolvimento de outros membros, incluindo aqueles que se beneficiaram do fracasso da OMC em atingir seus objetivos”, destacou.
Apesar das tensões entre as duas maiores economias do mundo, EUA e China concordaram, após negociações em 10 e 11 de maio em Genebra, com uma “trégua” de 90 dias, durante a qual reduzirão as altas tarifas que impam um ao outro desde o retorno de Donald Trump à Casa Branca.
A China reduziu suas tarifas sobre as importações de produtos americanos de 125% para 10%, e os EUA baixaram suas sobretaxas a produtos do gigante asiático de 145% para 30%.