Índice de compras ficou abaixo do projetado por uma pesquisa da agência financeira Bloomberg
Uso de inteligência artificial ainda dá à China uma vantagem na fabricação de carros e em outras indústrias  (Visual China Group/Getty Images)

Uso de inteligência artificial ainda dá à China uma vantagem na fabricação de carros e em outras indústrias (Visual China Group/Getty Images)

Agência o Globo
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Publicado em 30 de abril de 2025 às 07h52.

A atividade industrial na China caiu em abril, após dois meses seguidos de expansão, em meio à crescente guerra comercial com os Estados Unidos, segundo dados oficiais divulgados nesta quarta-feira, 30.

O índice de gestão de compras (PMI), um indicador-chave da produção industrial, atingiu 49 em abril, de acordo com o Escritório Nacional de Estatísticas (ONE). O número ficou abaixo do limite de 50 que separa expansão de contração.

Além disso, o PMI de abril ficou abaixo dos 50,5 de março — o maior em 12 meses — e foi inferior aos 49,7 projetados por uma pesquisa da agência financeira Bloomberg.

As tarifas americanas de até 145% sobre diversos produtos chineses entraram em vigor em abril. Pequim respondeu com uma tarifa de 125% sobre importações dos Estados Unidos.

“O PMI caiu em abril afetado por fatores como uma base elevada devido à rápida expansão industrial (em fevereiro e março) e uma forte mudança no ambiente externo”, indicou o estatístico da ONE, Zhao Qinghe, em um comunicado.

Economistas alertaram que a interrupção do comércio entre China e Estados Unidos pode ameaçar empresas, elevar os preços ao consumidor e provocar uma recessão global.

- O fraco PMI de abril foi causado pela guerra comercial - afirmou Zhiwei Zhang, presidente e economista-chefe da Pinpoint Asset Management, em nota.

- Os dados macroeconômicos na China e nos Estados Unidos devem enfraquecer ainda mais (...) porque a incerteza na política comercial atrasará as decisões empresariais - acrescentou.

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