Para a Fiat, 2010 foi o ano do Uno. O carro que começou a ser vendido no país em 1984 ganhou as ruas em versão totalmente remodelada e caiu no gosto dos brasileiros. Com uma proposta jovem e colorida, interior e exterior deixaram de evocar as tradicionais linhas quadradas. E apesar do preço não ser exatamente uma pechincha (pouco mais de 29.600 reais para o modelo de entrada), o Novo Uno vem dando uma força e tanto às vendas da Fiat. Segundo a montadora, mais de 70 mil unidades foram emplacadas até outubro. A versão Attractive 1.4 (foto) do veículo custa 33.520 reais e conta com comando interno da abertura do tanque e do porta-malas, cintos dianteiros com ajuste de altura, lavador e desembaçador do vidro traseiro. Vidros elétricos, ar condicionado, direção hidráulica e airbag dão pinta entre os opcionais. Mas o grande diferencial do Novo Uno em relação aos seus competidores diretos são os kits de personalização, com adesivos e frisos que podem ser instalados nas concessionárias ou pedidos de fábrica. 

Apontado pela revista Quatro Rodas como o melhor carro para comprar no país, o Logan foi considerado uma escolha honesta. Robustez, economia e amplo espaço interno costumam fazer do carro o eleito de muitos taxistas. A distância entreeixos de 2,6 metros faz com que três ageiros se acomodem no banco de trás sem maiores apertos. E o porta-malas do carro acomoda impressionantes 510 litros. O modelo Expression, versão intermediária oferecida pela Renault, conta com motor flex 1.0 e sai por 33.310 reais. Os itens de série, no entanto, são bem poucos e não incluem travas elétricas, ar condicionado ou som.
 

Lançado em 2009, o Agile rapidamente deu à Chevrolet um inédito nível de representatividade no mercado dominado pelos concorrentes diretos Volkswagen Fox, Renault Sandero e Ford Fiesta. Não por menos, foram vendidos 58.860 unidades do veículo até novembro deste ano. Com preço de tabela a partir de 36.116 reais, a versão LT conta com direção hidráulica, piloto automático, acendimento automático dos faróis e motor 1.4 EconoFlex.

Reposicionando o Fiesta, o carro que chegou ao mercado brasileiro neste ano chama a atenção em termos de design e tecnologia. Desenvolvido sobre o conceito Kinetic, o New Fiesta têm ângulos fluídos e esportivos. Com motor 1.6 Flex, o carro é o único da categoria a oferecer sete airbags e sistema de freios ABS. Esta é a sexta geração do sedã compacto, encontrado por preços que partem de 49.000 reais. Fabricado em quatro continentes, o New Fiesta está entre as grandes apostas da Ford: na Europa, ele já vendeu mais de meio milhão de unidades.

O hatch médio chegou ao país em maio deste ano e poucos meses foram suficientes para colocá-lo entre os carros mais vendidos do país: em novembro, o Hyundai i30 jáocupava a 21ª posição da lista. O prazo de garantia impressiona - são nada menos que cinco anos. E a partir de 57.025 reais, o veículo oferece motor 2.0 com 145 cv, transmissão automática, rodas aro 17, amortecedores a gás de dupla ação, volante esportivo de três raios, computador de bordo e oito airbags. Entre os demais atrativos, estão piloto automático, banco com regulagem de altura e lombar, e rádio com CD, MP3 e entrada para iPod.

Apostando no esportivo AirCross para crescer no país e abocanhar a parcela do mercado conquistada pelo Ford EcoSport, a Citroën investiu mais de 180 milhões de euros e três anos de pesquisas. O resultado foi a produção de um veículo feito no Brasil, e mais do que isso, pensado para os brasileiros, como gosta de enfatizar a montadora sa. Com a nova identidade visual da marca, o AirCross estreia com tecnologias inéditas no segmento de SUVs, como sistema de navegação e para-brisa acústico panorâmico. A versão de entrada do carro chega com motor 1.6 e um preço que parte de 53.900 reais. Entre os itens de fábrica, estão retrovisores elétricos, computador de bordo, ganchos para sacolas no porta-malas, ar condicionado e direção hidráulica.

Sem rádio, alto-falantes e bandeja sob o assento traseiro, a Honda lançou neste ano a versão DX para o City, o modelo mais simples do carro. Ao preço de 55.420 reais, o veículo tem câmbio manual de cinco marchas e é equipado com motor 1.5 i-VTEC flex. Ar condicionado, trio elétrico, rodas de liga leve e airbag duplo frontal fazem parte do kit de fábrica. Quem quiser pagar 17.000 reais a mais pela versão top de linha, entretanto, poderá trocar as marchas com o acionamento de alavancas localizadas no volante, além de contar com freios a disco nas quatro rodas e bancos de couro.

Diminuto e simpático, o SmartForTwo costuma chamar a atenção nas ruas. Na versão conversível, o efeito é ainda maior. Com bom espaço interno para duas pessoas, o carro só não é indicado para quem pretende usá-lo fora da cidade. Outra ressalva importante é que os encantos do veículo se relacionam antes com o charme do que com o bolso do motorista: o subcompacto custa a partir de 64.900 reais, mas seu motor 1.0 não a dos 140 km/h. Ainda assim, a lista de prós apresenta itens que costumam figurar em carros maiores e até SUVs, como freios ABS, airbags laterais e frontais, controle eletrônico de estabilidade, assistente de arrancada para subidas, rodas que absorvem o impacto e som com subwoofer. Além, é claro, da patente vantagem de caber em praticamente qualquer lugar. O SmartForTwo Cabrio tem apenas 2,69 metros de comprimento.

Já considerado queridinho do mercado, o Hyundai Azera reúne sofisticação, conforto e design em um mesmo carro. Os detalhes do interior são de madeira nobre e alumínio. Do lado de fora, se destacam os faróis de xenon com filete de LED e a nova grade dianteira cromada. Seu motor 3.3 V6 injeta 265 cv de potência nas rodas de liga leve, com desempenho comparado pelo New York Times ao "estado da arte". Mas os atributos do carro não param por aí: o Azera tem airbags frontais, laterais e do tipo cortina, freios com sistema anti-travamento (ABS) e distribuição eletrônica de frenagem (EBD) e ar condicionado digital com duas zonas de regulagem de temperatura. Para levá-lo para a garagem o motorista desembolsa a partir de 90.000 reais.

É difícil pensar em picapes de luxo sem considerar a Hilux da Toyota. Até novembro, foram vendidas mais de 29.600 delas, desempenho que coloca o veículo muito à frente dos suas concorrentes L200, da Mitsubishi, e Nissan Frontier. Com volante com comandos de som e computador de bordo, a picape traz revestimento interno em couro, freios ABS, airbag duplo, travas e vidros elétricos, além de sistema de som e ar condicionado digital. Chamando a atenção tanto na terra, quanto no asfalto, a Hilux é conhecida pela sua robustez. Para se ter uma ideia, a picape tem um índice de desvalorização semelhante ao do Corolla, outro campeão de vendas da Toyota. A versão com câmbio automático sai por 163.400 reais, e a com direção manual confere à Hilux um preço de 152.300 reais.

A montadora sueca Volvo tradicionalmente aposta na segurança de seus veículos. Com o Volvo XC60 não foi diferente. O carro conta com o sistema City Safety, capaz de frear o veículo sozinho antes de uma batida em que o carro esteja andando a até 30 km/h. Isso acontece porque um sensor a laser detecta veículos e objetos em uma distância de até dez metros, calculando a diferença de velocidade entre os corpos. O sistema então mede a força de frenagem necessária para evitar a colisão, acionando as luzes de freio para alertar os outros carros. Indisponível na versão de entrada, um sistema de segurança adicional chamado BLIS encontra pontos cegos no trânsito e acende uma luz de advertência próxima ao retrovisor externo. Outras novidades são o controle anticapotamento e a proteção contra lesões laterais e na coluna cervical. O XC60 aportou no país em três versões de acabamento, a mais barata delas ao preço de 138.500 reais e a top de linha a 165.900 reais. Sob o capô de todas elas está o motor 3.0 turbo de 289 cv de potência.

Lançado para competir com carros de alto luxo, o Audi A8 chega ao mercado custando cerca de meio milhão de reais. Parece salgado? Há quem diga que o preço seja bastante atraente quando avaliadas as novidades que o carro apresenta. Faróis com leds inteligentes aumentam ou diminuem o feixe de luz conforme as condições físicas apresentadas. Uma câmera de vídeo na dianteira capta e interpreta as imagens externas, e manda as informações para o sistema do carro, que pode desabilitar, por exemplo, um ou mais leds quando há a possibilidade da visão do motorista ser ofuscada pelo tráfego de veículos no sentido contrário. Bancos massageadores que podem ser aquecidos ou resfriados, tela escamoteável com todas as funções personalizáveis e possibilidade de salvar configurações pessoais de suspensão, motor, câmbio e direção estão entre as outras possibilidades oferecidas pelo sedã. O motorista do novo Audi A8 conta ainda com um sistema inteligente que monitora o tráfego e consegue frear o carro sozinho diante da redução de velocidade do veículo da frente. No caso de uma derrapagem, o chamado Audi Pre Sense é capaz de ativar as luzes de aviso de perigo, fechar as janelas laterais e tensionar os cintos de segurança. Finalmente, o motor V8 4.2 de 372 cv promete dar conta de acelerar o carro de 0 a 100 km/h em 5,7 segundos.