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Com veterano da marinha, "Tempo de Guerra" revive momento trágico do conflito entre EUA e Iraque

Alex Garland e Ray Mendoza recriam operação real do exército americano dentro de um único set

'Tempo de Guerra': filme segue em cartaz nos cinemas (Divulgação/Divulgação)

'Tempo de Guerra': filme segue em cartaz nos cinemas (Divulgação/Divulgação)

Luiza Vilela
Luiza Vilela

Repórter de POP

Publicado em 27 de abril de 2025 às 17h20.

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A batalha de Ramadi está entre os episódios históricos mais lembrados da guerra do Iraque. No conflito, centenas de soldados americanos e iraquianos morreram — ou viram seus colegas morrer. Foi o caso do ex-fuzileiro SEAL Ray Mendoza, codiretor ao lado de Alex Garland (Guerra Civil) de Tempo de Guerra, nova produção da A24 em cartaz nos cinemas.

Com base na experiência de Mendoza e de seus colegas do SEAL, unidade de elite da Marinha, o filme recria um episódio do conflito de 2006 e se a dentro de uma casa usada pelos membros do Exército americano para emboscada contra membros da Al-Qaeda.

Quando os fuzileiros tentam evacuar o local, uma bomba iraquiana atinge um tanque de guerra americano, deixando dois feridos e dois mortos. O que deveria ser uma operação simples de resgate se torna um momento de muita tensão.

“Refizemos o local da mesma forma como Ray e Eliott [personagem do filme] se lembravam. Construímos uma casa inteira e uma rua só para o filme. A ideia de gravar num só lugar auxilia nessa sensação de claustrofobia, muito pelo posicionamento de câmera mais próximo dos atores e na mesma altura dos olhos deles”, contou Garland em entrevista à Casual­ ­EXAME.

Mais real possível

Nos 25 dias de filmagem, diante de um roteiro sem trilha sonora e guiado somente pela comunicação entre os fuzileiros, o diretor acredita que a conversa com os verdadeiros soldados americanos — incluindo Mendoza — fez com que a versão final do longa ficasse mais factível com a realidade.

“O que muda deste para todos os outros filmes de guerra que já fiz é que eu sempre trabalhei com ficção. Ray e eu tentamos ao máximo recriar a verdadeira experiência que os fuzileiros tiveram naquele fatídico dia, da forma mais fiel possível à memória das pessoas que estiveram lá”, disse Garland.

Para Ray, a trajetória foi um misto de sentimentos, mas a ideia inicial do filme foi também homenagear um dos fuzileiros da época, Elliot Miller, interpretado por Cosmo Jarvis. “Minha presença ali foi para que o público conseguisse entender na prática como é estar em meio a um combate de guerra. Mas também fizemos esse filme em homenagem a Eliott, que não se lembra de quase nada daquele dia por causa dos ferimentos que sofreu.

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