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Anitta e J. Balvin tentam romper barreira do idioma com "Machika"

Anitta encontrou um gêmeo artístico e aliado em J.Balvin, com quem compartilha a meta de romper com todas as barreiras ao fazer música

Anitta: "Sempre quis fazer algo diferente na minha vida: conquistar desafios, coisas novas" (YouTube/Reprodução)

Anitta: "Sempre quis fazer algo diferente na minha vida: conquistar desafios, coisas novas" (YouTube/Reprodução)

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EFE

Publicado em 22 de fevereiro de 2018 às 21h27.

Última atualização em 23 de fevereiro de 2018 às 10h28.

Miami - Anitta e o colombiano J. Balvin, que recentemente lançaram o videoclipe de "Machika", decidiram fazer música juntos para erradicar a barreira linguística entre o Brasil e o restante da América Latina, o que na opinião de ambos prejudica os artistas.

A brasileira, de 24 anos, conversou com a Agência Efe em Miami, aonde viajou nesta semana para participar do 30º aniversário dos Prêmios Lo Nuestro.

"Sempre quis fazer algo diferente na minha vida: conquistar desafios, coisas novas", explicou Anitta, que com J.Balvin conseguiu expandir a porta aberta por "Despacito" para o reggaeton no território brasileiro.

"No Brasil há esta barreira do idioma português. É difícil escutar português em outros lugares, assim como também é difícil escutar espanhol no Brasil", acrescentou a cantora, ao citar o sucesso internacional de "Vai Malandra" e "Sua Cara" como exemplos de que é possível superar os obstáculos do idioma.

Anitta encontrou um gêmeo artístico e aliado em J.Balvin, com quem compartilha a meta de romper com todas as barreiras ao fazer música.

As primeiras colaborações entre ambos foram em "Ginza" e "Downtown", uma espécie de apresentação para ambos os mercados, mas os dois sabiam que queriam que o próximo sucesso pudesse viajar pelo planeta, o que conseguiram com "Machika".

"Agora estamos escutando espanhol no Brasil outra vez. É algo que só aconteceu esporadicamente, como nos sucessos de Shakira, Ricky Martin e Alejandro Sanz", exemplificou.

O projeto que consideraram ideal veio pelo jovem artista caribenho Jeon, que tinha conhecido J. Balvin em um ginásio. "Eu fui como o diretor", explicou o artista colombiano ao narrar como se desenvolveu a colaboração de "Machika".

"Ele (Jeon) trouxe a canção, eu fui o diretor e disse: 'vamos mudá-la para o espanhol e chamemos a rainha do Brasil, a Cleópatra do Brasil, e unimos forças com a 'mulher maravilha'", disse J. Balvin.

"Agora vou voltar ao Brasil">

A faixa já se aproxima das 30 milhões de reproduções no Spotify e se mantém nas listas top 20 no Brasil, na Espanha e no restante da América Latina.

O videoclipe, que recria uma sociedade pós-apocalíptica e que foi gravado na hidrelétrica colombiana de Pescadero-Ituango, superou nesta quinta-feira as 77 milhões de visualizações.

"Está crescendo de uma forma muito interessante", afirmou o colombiano, que não descarta que a música seja uma das duas ou três mais tocadas internacionalmente nos próximos meses.

"'Machika' é para deixar fluir, se mexer e dançar", disse Jeon, de 19 anos e originário de Aruba, que se diz agradecido pelo fenômeno e reconhece que ainda não entende direito o que está acontecendo.

"O mundo precisa de dançar. Precisa de mais tolerância, que não haja mais raças nem divisões socioeconômicas, nem linguísticas, nem idiomáticas. É um mundo de seres humanos, não de brasileiros ou colombianos. O mundo é de seres humanos", relembrou Balvin.

O ritmo, os momentos tribais de "Machika" e o próprio nome em papiamento, o dialeto de Aruba, que se traduz como "esmagar" e "romper", conquistaram os artistas.

J. Balvin e Anitta disseram que, a partir do sucesso de "Machika", buscarão fazer com que 2018 seja outro grande ano para a música urbana a nível mundial.

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