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O custo da falta de diversidade: o que sua empresa está perdendo?

Ignorar a diversidade custa caro: empresas com ambientes inclusivos reduzem turnover, ganham produtividade e fortalecem sua marca empregadora

Empresas que incorporam diversidade e inclusão colhem resultados concretos em inovação, engajamento e retenção de talentos (Plume Creative/Getty Images)

Empresas que incorporam diversidade e inclusão colhem resultados concretos em inovação, engajamento e retenção de talentos (Plume Creative/Getty Images)

Da Redação
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Redação Exame

Publicado em 2 de maio de 2025 às 16h15.

Última atualização em 2 de maio de 2025 às 17h47.

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Por Margareth Goldenberg, CEO da Goldenberg Diversidade

Diversidade e Inclusão (D&I) são estratégias poderosas de crescimento. Empresas que enxergam D&I como um motor de inovação e resultados concretos colhem benefícios tangíveis: mais talentos, menos turnover, redução de riscos psicossociais, maior produtividade e uma marca empregadora mais forte.

Muitos ainda tratam D&I como um esforço isolado, mas a verdadeira transformação ocorre quando o foco muda: em vez de levar soluções para D&I, devemos deixar que D&I traga soluções para o negócio. Empresas inclusivas e diversas são mais resilientes, criativas e preparadas para os desafios do futuro.

Poucas empresas calculam quanto perdem por não ter um ambiente inclusivo. Mas os números são alarmantes: nos EUA, a exclusão custa às empresas US$ 1,05 trilhão por ano, segundo pesquisa da Accenture. Turnover alto, afastamentos por saúde mental, baixa produtividade e ações trabalhistas pesam no caixa e afetam o crescimento.

Saúde mental e inclusão estão profundamente conectadas. Não basta definir metas de diversidade se o ambiente não for acolhedor. Da mesma forma, não há inovação quando o medo de errar predomina. E a produtividade perde sentido se o bem-estar daqueles que fazem tudo acontecer for deixado de lado.

A neurociência mostra que a dor da perda impacta duas vezes mais do que o prazer do ganho (aversão à perda). Líderes precisam entender que ignorar a inclusão custa caro — e mensurar esse impacto pode ser a chave para a mudança.

Mensurar para evoluir

D&I não pode ser apenas discurso. Precisamos medir: taxa de retenção antes e depois de ações inclusivas, ganho em produtividade e inovação com times diversos, redução de afastamentos e custos trabalhistas em ambientes seguros, a força da marca empregadora e impacto na atração de talentos e reputação corporativa.

As empresas não podem mais tratar D&I como uma iniciativa paralela ou meramente simbólica. Conectar essas estratégias ao negócio, medir seu impacto e demonstrar o custo da exclusão são os fundamentais para garantir competitividade no mercado.

Empresas que incorporam D&I como um diferencial competitivo e medem seus resultados não apenas promovem justiça social, mas também garantem um crescimento sustentável.

O futuro das empresas de sucesso será cada vez mais diverso e inclusivo — e aquelas que não perceberem isso estarão fadadas a perder talentos, inovação e, consequentemente, mercado. E a sua empresa, está preparada para essa transformação?

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