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IA na Creator Economy: os robôs vão substituir os criadores de conteúdo?

Aquelas que conseguirem equilibrar tecnologia e autenticidade estarão à frente na criação de campanhas, escreve CEO da BrandLovrs

Hoje já é comum se deparar com perfis seguidos por milhares de pessoas que são, na verdade, avatares feitos por IA (yacobchuk/Getty Images)

Hoje já é comum se deparar com perfis seguidos por milhares de pessoas que são, na verdade, avatares feitos por IA (yacobchuk/Getty Images)

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Publicado em 17 de setembro de 2024 às 10h00.

Por Rapha Avellar, CEO e fundador da BrandLovrs

Em um mundo cada vez mais dominado pela tecnologia, a Inteligência Artificial (IA) está remodelando o cenário da Creator Economy. Mas, apesar do avanço dessa tecnologia, surge uma pergunta crucial: as máquinas realmente conseguirão substituir o toque humano nas redes sociais? 

Ascensão das máquinas nas redes sociais e a necessidade de conexão

Hoje já é comum se deparar com perfis seguidos por milhares de pessoas que são, na verdade, avatares feitos por IA. Porém, na minha visão como estudioso desse tema, essa tendência não a de um efeito de curiosidade. 

Como alguém que tem acompanhado de perto essas inovações, posso dizer que, por mais avançada que a IA se torne, há algo que ela nunca poderá replicar: a capacidade humana de criar laços genuínos e significativos. 

Nas redes sociais as pessoas buscam conexão com outros seres humanos, e não com bots de IA. A utilização de avatares de IA pode até atrair a atenção inicial, mas o verdadeiro valor das redes sociais reside na interação genuína. 

A IA não pode replicar a essência humana

A autenticidade é um dos pilares mais importantes para a construção de comunidades engajadas e leais. Mesmo com as possibilidades oferecidas pela IA, como automação de tarefas e geração de conteúdo em escala, a relação emocional que os criadores constroem com seus seguidores não pode ser replicada por algoritmos. 

Criadores humanos trazem experiências, emoções e narrativas que ressoam profundamente com o público, algo que a IA, por mais avançada que seja, ainda não consegue capturar ou substituir completamente.

Mas IA ainda tem potencial para otimizar rotina dos creators

Por outro lado, enxergo na IA o potencial exponencial de impulsionar a produção de conteúdo, oferecendo e em tarefas repetitivas e permitindo que os criadores se concentrem na criatividade e na construção de relacionamentos com seus seguidores. 

Hoje ferramentas de construção de roteiro e edição baseadas em IA já facilitam o trabalho de quem gera conteúdo, trazendo mais agilidade e eficiência para o processo. 

Em paralelo a isso, a IA é capaz também de abrir novas possibilidades para os criadores, oferecendo insights valiosos sobre preferências do público e tendências emergentes, permitindo que os conteúdos sejam mais estratégicos e alinhados com as expectativas dos seguidores. 

Essa tecnologia também pode ajudar a otimizar a distribuição do conteúdo, alcançando um público maior e mais segmentado, o que reforça o impacto das campanhas.

Para as marcas o valor da IA também é significativo. Imagine fazer uma campanha simultânea com 1.000 creators de todo o Brasil. 

Sem tecnologia, aprovar milhares de vídeos demandaria um tempo enorme e um time dedicado a avaliar se os conteúdos seguem o briefing proposto. Isso sem falar sobre toda a burocracia de negociação, de contratos e pagamentos que em processos sem tecnologia se tornam uma grande dor de cabeça para os gestores de marketing de influência.  

Como a tecnologia e a Creator Economy podem evoluir nos próximos anos

Mirando o futuro, eu vejo que embora a Inteligência Artificial ofereça um grande e na automação de processos e ampliação da produção de conteúdo, o valor fundamental das redes sociais reside e vai continuar residindo na conexão humana. A interação genuína e autêntica entre criadores e suas comunidades é insubstituível. 

No entanto, a combinação da criatividade humana com a eficiência da IA tem o potencial de transformar a Creator Economy, permitindo que os criadores mantenham o foco no que realmente importa: a construção de relacionamentos profundos e autênticos com seus seguidores

Para as marcas, o desafio e a oportunidade são claros: abraçar a IA para otimizar processos, mas nunca perder de vista o que realmente conecta: o fator humano. 

Aquelas que conseguirem equilibrar tecnologia e autenticidade estarão à frente na criação de campanhas que não só atraem, mas também ressoam profundamente com seus públicos.

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