Ministro vai decidir se rede social voltará ao ar no Brasil
Agência de notícias
Publicado em 26 de setembro de 2024 às 13h32.
Última atualização em 26 de setembro de 2024 às 13h40.
A rede social X informou que apresentou ao Supremo Tribunal Federal (STF) nesta quinta-feira, 26, os documentos exigidos pelo ministro Alexandre de Moraes e pediu o desbloqueio da plataforma.
Com as informações em mãos, caberá a Moraes decidir se determina o restabelecimento da plataforma. Outros elementos que embasavam o bloqueio já foram superados, como o pagamento de multas e a suspensão de perfis que tinham ordens judiciais de banimento.
O X foi intimado na segunda-feira, 23, da decisão de Moraes. No último sábado, ele havia estabelecido prazo de cinco dias para que a plataforma de Elon Musk apresentasse os documentos comprovando a regularidade da empresa no país.
No despacho, Moraes deu cinco dias para que o X entregue mais papéis com informações sobre a indicação da advogada Rachel de Oliveira Villa Nova para representante legal. Moraes também pediu que os órgãos como Polícia Federal e Anatel encaminhassem, em 48 horas, relatórios sobre a situação cadastral da rede no Brasil.
O X apresentou o nome da advogada Rachel de Oliveira Villa Nova, que desempenhava essa mesma função antes da ordem de suspensão da plataforma no país. A indicação do representante ocorreu após o ministro Alexandre de Moraes dar 24 horas para que o X comprovasse que nomeou responsáveis legais no Brasil.
A Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) e a Polícia Federal (PF) entregaram ao Supremo Tribunal Federal (STF) relatórios sobre o o à rede social X após o bloqueio.
Na semana ada, com a mudança de endereço eletrônico pelo próprio X, a plataforma chegou a ficar com livre o no Brasil. Em documento, a Anatel informa que o bloqueio foi totalmente retomado pelas operadoras notificadas.
A PF, em outra frente, também informou ao Supremo sobre o que tem feito — as medidas adotadas — para identificar os casos de o vedado por decisão de Moraes à rede social X, para eventual aplicação da multa.
A identificação dos usuários de os irregulares foi solicitada pela Procuradoria-Geral da República (PGR) e autorizada por Moraes no último dia 16.
Ao solicitar ao STF que a PF investigasse os casos de o ao X, a PGR definiu quais condutas devam ser apuradas — e eventualmente punidas. Estão no foco da investigação quem continuar fazendo postagens com discurso de ódio, propagação de fake news e que possam impactar as eleições.
Ao solicitar a apuração por parte da PF a Moraes, o procurador-geral da República, Paulo Gonet, cita como casos de fraude à decisão do STF os ao X "para fins de insistência em discurso de ódio" e, mencionando uma preocupação com as eleições, para "divulgação de maliciosas inverdades (desinformação ou Fake News)".
Para Gonet, "constitui explícito acinte à autoridade da deliberação do Supremo Tribunal Federal postar na plataforma banida materiais repulsivos à liberdade de expressão, ao regime democrático e à dignidade das pessoas, sobretudo no período eleitoral, para serem adiante divulgados alhures".
"A situação indica a oportunidade de monitoramento pela Polícia Federal desses casos extremados, para que, identificado o usuário, seja, em um primeiro momento, notificado da decisão da Corte, dando margem a que, mantido ou reiterado o comportamento, a multa referida no acórdão seja aplicada", diz o procurador-geral da República.