Repórter
Publicado em 22 de maio de 2025 às 12h09.
Em 2024, o mercado brasileiro de medicamentos genéricos foi dominado pelo anti-hipertensivo Losartana, que liderou as vendas com 167,3 milhões de unidades comercializadas.
A informação foi apresentada em um levantamento da Associação Brasileira de Distribuição e Logística de Produtos Farmacêuticos (Abradilan), divulgado no início de maio.
Outros destaques ficaram por conta da Dipirona sódica, com 104,9 milhões de unidades vendidas, amplamente usada como analgésico e antitérmico, e da Hidroclorotiazida, com 72,3 milhões de unidades, fundamental no tratamento de doenças cardiovasculares.
No ranking dos dez medicamentos genéricos mais vendidos no país, quatro deles são indicados para o tratamento da hipertensão. Além desses, a lista inclui genéricos indicados para disfunção erétil, anti-inflamatórios, analgésicos e redutores de colesterol.
Segundo dados da IQVIA, divulgados pelo Conselho Federal de Farmácia, 90% das doenças conhecidas já contam com tratamentos baseados em medicamentos genéricos, que representam 85% dos produtos distribuídos pelo Programa Farmácia Popular. Em 2024, o percentual de genéricos nas vendas totais do mercado brasileiro chegou a 38%.
Além da ampla cobertura terapêutica, os genéricos oferecem um desconto médio de 67% em relação aos medicamentos de marca, tornando o o mais viável para os consumidores. Desde sua regulamentação em 2000, os genéricos já proporcionaram uma economia superior a R$ 329 bilhões para pacientes e sistema de saúde.
A confiança no segmento também é alta: 92,7% dos consumidores se dizem dispostos a substituir medicamentos prescritos por versões genéricas, ressaltando a segurança e qualidade desses produtos.
Na distribuição regional, o Sudeste se destaca com mais de 1,08 bilhão de unidades vendidas, seguido pelo Nordeste (497 milhões), Sul (331 milhões) e Centro-Oeste (167 milhões).
Entre os estados, São Paulo lidera o consumo, com 511 milhões de unidades, o equivalente a 23,36% do mercado nacional. Minas Gerais vem em segundo lugar, com 299 milhões (13,66%), seguido por Rio de Janeiro (232 milhões; 10,60%), Rio Grande do Sul (144 milhões; 6,60%) e Pernambuco (116 milhões; 5,29%).