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PSB desfilia vereador Camilo Cristófaro após fala racista

Decisão ocorre após deputados pedirem expulsão do parlamentar paulistano do partido; em sessão da Câmara, ele disse: 'Não lavaram a calçada. É coisa de preto, né?"

PSB desfilia vereador Camilo Cristófaro após fala racista (Afonso Braga/Flickr)

PSB desfilia vereador Camilo Cristófaro após fala racista (Afonso Braga/Flickr)

AO

Agência O Globo

Publicado em 4 de maio de 2022 às 09h49.

O PSB desfiliou nesta quarta-feira o vereador paulistano Camilo Cristófaro (PSB-SP), que proferiu uma fala racista durante sessão da Câmara Municipal de São Paulo ontem.

Deputados federais do partido ingressaram nesta terça-feira com uma representação na Comissão de Ética da legenda na qual pediam a expulsão do parlamentar. Líder da bancada do partido na Casa, ele não percebeu o microfone ligado e disse: "Eles arrumaram e não lavaram a calçada. É coisa de preto, né">

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Na sequência, o presidente da Câmara, Adilson Amadeu (União Brasil), pediu para que o áudio do vereador fosse desligado. Outros colegas presentes na sessão reagiram e repudiaram a declaração.

Na representação, os parlamentares do PSB afirmaram que, além de criminosa, a conduta de Cristófaro afronta o programa da legenda, seu estatuto e o código de ética da sigla. O documento é assinado pelos deputados federais Marcelo Freixo (RJ), Danilo Cabral (PE) e Milton Coelho (PE).

"Trata-se de comportamento incompatível com o decoro e a ética partidária exigida como conduta para qualquer militante, e, sobretudo, àqueles que ocupam funções públicas representando a legenda", escreveram os parlamentares.

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Os deputados solicitaram que fossem tomadas as providências cabíveis para apurar o caso. Internamente, o Conselho de Ética da sigla abre uma investigação para definir se pune ou não o filiado. A expulsão, defendida pelos deputados, é a sanção máxima.

Cristófaro justificou em reunião do Colégio de Líderes da Câmara que conversava com um amigo negro, com quem tem intimidade. O vereador participava da sessão da i dos Aplicativos de forma remota, quando proferiu a fala de cunho racista.

O presidente da Câmara de São Paulo, vereador Milton Leite, disse em nota que o caso será apurado pela Corregedoria da Casa.

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