Ex-vice-presidente participou de audiência no STF como testemunha de defesa de Bolsonaro, Braga Netto e Heleno
Hamilton Mourão: senador nega envolvimento em reuniões sobre golpe e presta depoimento no STF (Waldemir Barreto/Agência Senado)
Agência o Globo

Agência de notícias

Publicado em 23 de maio de 2025 às 15h38.

O senador Hamilton Mourão (Republicanos-RS) afirmou nesta sexta-feira que não participou de nenhuma reunião que discutisse um possível golpe de Estado. Mourão também classificou como "totalmente inviável" uma intervenção militar, como defendida em acampamentos em frente a unidades militares.

Mourão prestou depoimento no Supremo Tribunal Federal (STF) como testemunha de defesa na ação penal que analisa a possibilidade de golpe. Ele foi indicado pelas defesas do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), de quem foi vice, e dos ex-ministros Walter Braga Netto e Augusto Heleno.

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— "Não participei de nenhuma reunião onde tivesse sido abordado esse tipo de assunto (golpe de Estado)" — declarou o senador.

Contexto dos acampamentos e pressão política

Questionado sobre uma suposta pressão a Bolsonaro para aderir ao golpe, Mourão negou, mas citou os acampamentos após o segundo turno das eleições presidenciais, onde havia pedidos de intervenção militar.

— "O que havia era aquela concentração de gente na frente dos quartéis pedindo algo que era totalmente inviável, que era a tal da intervenção militar."

Controvérsias sobre reunião e documento golpista

No momento mais tenso do depoimento, o procurador-geral da República, Paulo Gonet, questionou Mourão sobre sua participação em uma suposta reunião com Bolsonaro e generais do Alto Comando.

Durante as investigações, a Polícia Federal encontrou uma conversa entre Mauro Cid e Sérgio Cavaliere trocando prints de conversas de um usuário de WhatsApp chamado “Riva”, não identificado. Riva relatava detalhes de uma reunião entre Bolsonaro, Mourão e generais, onde Mourão teria negociado a saída de Bolsonaro, em referência a uma tentativa de golpe no Peru. Segundo a narrativa, os militares decidiram destruir um documento assinado por Bolsonaro, possivelmente um decreto golpista.

Mourão negou a existência dessa reunião. O procurador então perguntou se considerava Cid "mentiroso", ao que Mourão respondeu que não. Em outra parte do depoimento, Mourão afirmou conhecer Cid desde a infância, quando este tinha "dois anos".

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