Brasil

O que é alienação fiduciária e como dar baixa no documento do veículo quitado

Carro alienado? Veja como tirar a alienação fiduciária do seu licenciamento

 (AFP Photo)

(AFP Photo)

Thais Tenher
Thais Tenher

Jornalista

Publicado em 8 de novembro de 2024 às 09h00.

Talvez você já tenha visto o termo “alienação fiduciária” no documento de licenciamento de algum carro ou até mesmo estava em negociação para comprar um veículo e não deu certo porque o proprietário comentou que o mesmo está em alienação fiduciária. 

Isso é mais comum do que se imagina, pois tem relação com o financiamento feito no veículo. Então, se você quer entender o que é alienação fiduciária e como tirar do documento, a EXAME te explica com o a o completo do processo. 

O que é alienação fiduciária?

A alienação fiduciária nada mais é do que uma garantia para quem fez o financiamento de um veículo até que todo o valor seja quitado. Na prática, é uma indicação no licenciamento do carro que diz que aquele carro é financiado e, caso não cumpra com o pagamento das parcelas, pode ser alvo de apreensão. 

Enquanto um veículo está em financiamento, ele pertence, legalmente, à instituição financeira responsável pelo processo, e não ao dono do veículo. Portanto, esse bem fica alienado até que todo o valor seja pago. 

Mais do que isso, isso significa que, enquanto o financiamento estiver em vigor, o comprador não pode vender ou transferir o veículo sem quitar o valor ao credor ou transferência da dívida. Só após o pagamento total, o veículo é transferido oficialmente para o nome do comprador, e o processo de baixa da alienação fiduciária deve ser iniciado para regularizar o documento do carro.

Como tirar a alienação fiduciária do licenciamento?

Só dá para tirar a alienação fiduciária do licenciamento depois de quitar o financiamento, mas o processo é bem simples: você precisa solicitar a baixa para que o veículo seja registrado no nome do proprietário. Assim, o Detran faz a exclusão do gravame (nome que se dá para o registro de financiamento nos veículos) que consta no documento. Veja no detalhe:

o a o para regularizar o CRLV

  • Quitar o financiamento: o primeiro o é quitar todas as parcelas do financiamento com a instituição financeira;
  • Aguardar o registro da baixa: assim que o pagamento for confirmado, a instituição financeira enviará ao Detran a solicitação para a baixa da alienação fiduciária.

Depois disso, para tirar o gravame do documento, é preciso emitir um novo CRLV. Veja o o a o para o Detran de São Paulo, mas que pode servir de exemplo para as unidades dos outros estados do país:

  1. Verificação de débitos: para emitir o novo documento, o primeiro o é checar se o banco já solicitou ao Detran a baixa do gravame. Para São Paulo, e aqui;
  2. Vistoria: é preciso levar o veículo a uma Empresa Credenciada de Vistoria pelo Detran para obter o laudo de liberação do novo documento; 
  3. Registro: é necessário comparecer a uma unidade do Detran para fazer o registro da documentação. Na capital de São Paulo, o serviço é oferecido no PoupaTempo mediante agendamento; 
  4. Pagamento da taxa: depois de registrado, só falta pagar a taxa, que é a mesma de licenciamento comum, por volta de R$160. Mas, se o carro tiver outras pendências, como multas e IPVA atrasados, é preciso quitar essas dívidas para obter o novo documento. 

E por fim, com o pagamento realizado, basta aguardar a emissão do seu documento. Para quem já usa a Carteira Digital de Trânsito, o CRLV se atualiza automaticamente no aplicativo dentro de alguns dias. 

Caso deseje a versão impressa, solicite durante o horário marcado para registrar a documentação. Mas vale lembrar que a versão online tem a mesma validade jurídica que a física, além de ser super fácil de ar. 

Acompanhe tudo sobre:Documentação

Mais de Brasil

INSS recebe 1,84 milhão de pedidos de devolução de descontos em uma semana

Marina Silva diz ter 'total discordância' com propostas que flexibilizam regras ambientais

Senador petista diz que 'não cogita' retirar apoio à I do INSS: 'Consciência muito tranquila'

Alcolumbre confirma sessão do Congresso e leitura de requerimento para instalação da I do INSS