Ministro cancelou o pedido de destaque e análise da prisão do ex-presidente será retomada na segunda-feira, já com maioria formada no STF
Brazilian senator and former president (1990-1992), Fernando Collor de Mello, speaks during the Senate's debate impeachment trial against Brazil's suspended president Dilma Rousseff at the National Congress in Brasilia, on August 30, 2016. Rousseff faces judgment Tuesday in a Senate vote expected to remove her from office despite her dramatic claim of being the victim of a coup. The country's first female president confronted her accs in a marathon session Monday, telling the Senate that she is innocent and warning that the Brazilian democracy is in danger. She is accused of having taken illegal state loans to patch budget holes in 2014, masking the country's problems as it slid into its deepest recession in decades. / AFP / ANDRESSA ANHOLETE (Photo credit should read ANDRESSA ANHOLETE/AFP via Getty Images) (Getty Images)
Daniel Giussani

Repórter de Negócios

Publicado em 26 de abril de 2025 às 13h34.

O ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), retirou, neste sábado, 26, o pedido de destaque que levaria ao plenário físico a análise da decisão que determinou a prisão do ex-presidente Fernando Collor.

Com o recuo, o julgamento seguirá no plenário virtual da Corte e será retomado na próxima segunda-feira, 28, às 11h.

Veja também

Na sexta-feira, 25, o Supremo já havia formado maioria para manter a decisão do ministro Alexandre de Moraes que ordenou a prisão de Collor. Até agora, seis ministros acompanharam Moraes: Flávio Dino, Edson Fachin, Luís Roberto Barroso, Cármen Lúcia e Dias Toffoli.

O ministro Cristiano Zanin está impedido de votar, por ter atuado como advogado em processos da Operação Lava Jato antes de ser nomeado ao STF.

Prisão de Collor

A decisão de Moraes foi tomada na quinta-feira, 24, e visou iniciar o cumprimento da condenação imposta a Collor, de oito anos e dez meses de prisão por corrupção iva e lavagem de dinheiro.

No mesmo dia, a Polícia Federal efetuou a prisão do ex-presidente, que agora está detido em um presídio de Maceió, onde reside.

O caso remonta a 2023, quando Collor foi condenado pelo STF por receber, entre 2010 e 2014, cerca de 20 milhões de reais em propinas ligadas a contratos da BR Distribuidora, subsidiária da Petrobras. À época, Collor exercia influência política como dirigente do PTB.

Segundo a denúncia, o esquema envolvia indicações políticas para cargos estratégicos na estatal, o que teria favorecido a manutenção dos contratos superfaturados.

Entenda o julgamento virtual e a situação de Collor

O julgamento virtual no STF, sistema em que ministros inserem seus votos eletronicamente sem sessão presencial, tem sido usado para acelerar a análise de processos.

Em casos como o de Collor, a retirada do pedido de destaque indica uma tentativa de preservar a celeridade e evitar embates públicos no plenário físico.

A defesa do ex-presidente ainda tenta anular a condenação, mas o ministro Moraes considerou as últimas tentativas de recurso como "protelatórias". Com a maioria já formada, a expectativa é que o resultado seja confirmado nos próximos dias, consolidando a prisão como definitiva.

Acompanhe tudo sobre:Supremo Tribunal Federal (STF)Fernando Collor de Mello
Próximo

Mais lidas

exame no whatsapp

Receba as notícias da Exame no seu WhatsApp

Inscreva-se
Desperta

Fique ligado

Nos acontecimentos mais relevantes do Brasil e mundo.

Inscreva-se agora

Mais de Brasil

Mais na Exame