O presidente da autoridade monetária também afirmou que a intervenção cambial não tem relação com o tema de dominância fiscal
As associações pedem uma audiência com o ministro Fernando Haddad e o secretário especial da Receita Federal, Robinson Barreirinha (Germano Lüders/Exame)
Antonio Temóteo

Repórter especial de Macroeconomia

Publicado em 19 de dezembro de 2024 às 12h35.

Última atualização em 19 de dezembro de 2024 às 13h43.

O presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto , afirmou nesta quinta-feira, 19, que o movimento de alta de dólar nas últimas semanas decorre de uma demanda maior do que a esperada anteriormente, diante das remessas de dividendos por empresas para o exterior e de recursos de pessoas físicas ao exterior.

Segundo ele, entretanto, a autoridade monetária atua para conter eventuais disfuncionalidades e não para “proteger um nível de câmbio”. Além disso, ele disse que intervenção cambial não tem relação com o tema de dominância fiscal.

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“A demanda [por dólares] foi muito maior do que esperávamos. Mas não existe um desejo do Banco Central de proteger nenhum nível de câmbio. O Banco Central tem muita reserva e vai atuar quando achar necessário”, disse.

BC já injetou mais de US$ 20 bilhões no mercado

Com as duas intervenções cambiais desta quinta-feira, que totalizaram US$ 8 bilhões, o BC já injetou US$ 20,760 bilhões no mercado de desde 12 de dezembro. Ao todo, US$ 13,760 bilhões foram injetados em leilões à vista, e o restante, em leilões de linha, com compromisso de recompra.

Campos Neto ainda afirmou que a atuação histórica do BC no câmbio não persegue combater percepções de piora no prêmio de risco.

“A atuação histórica do BC não tem função de combater uma percepção de prêmio de risco pior. Nossa função é entender o motivo da disfuncionalidade e, se for o caso, prover liquidez para tornar o processo [de saída de dólares] mais organizado”, disse.

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