Editora de Finanças
Publicado em 18 de maio de 2025 às 20h30.
Última atualização em 19 de maio de 2025 às 07h51.
O Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) informou na noite desse domingo, 18, que todas as medidas previstas no Plano de Contingência estão sendo realizadas com eficiência após a confirmação de um caso da doença em uma granja comercial no Rio Grande do Sul, na última semana.
Segundo o ministério, na área com raio de 10km onde se declarou a emergência, as vistorias de propriedades estão em curso e em ritmo acelerado.
A área perifocal (raio de 3 km), já teve 29 das 30 propriedades rurais vistoriadas, com previsão de atingir 100% até o final de hoje. Na área de vigilância (7km a partir do raio de 3km), já foram vistoriadas 238 de 510 propriedades.
Durante as vistorias na área perifocal e de vigilância, apenas uma investigação de suspeita foi aberta, isso na área perifocal, e em propriedade de subsistência, o que recebe toda atenção e tratamento da Defesa Agropecuária, mas não possui impacto no comércio internacional, nem na segurança dos alimentos inspecionados.
As amostras coletadas nessa investigação, estão em trânsito para o Laboratório Federal de Defesa Agropecuária de São Paulo, no município de Campinas (LFDA-SP) e serão processadas na segunda-feira, com previsão inicial de resultado preliminar para o final do dia.
Na propriedade foco já ocorreu o descarte de todas as aves e de seus ovos e está sendo realizada a limpeza e desinfecção de todas as instalações.
Das 7 barreiras de bloqueio de trânsito de animais, 5 já estão instaladas e das 6 barreiras de desinfecção 4 também já estão em funcionamento, com previsão de conclusão de instalação de todas as barreiras até amanhã.
Adicionalmente, o Ministério informou ainda que os ovos, provenientes da propriedade foco, foram completamente rastreados e a destruição destes está em andamento, para então se iniciar o processo de limpeza e desinfecção dos 3 incubatórios.
Além disso, há duas investigações em curso. Uma em uma propriedade no município de Aguiarnópolis (TO) e outra em uma criação comercial em Ipumirim (SC).
No Tocantins, a análise preliminar das amostras coletadas, revelou a presença de Influenza A, com baixa probabilidade de se tratar de amostra de alta patogenicidade, tendo em vista as características epidemiológicas, laboratoriais e clínicas observadas na investigação.
"As investigações de suspeitas são rotina na atividade da Defesa Agropecuária, e que em casos onde emergências são declaradas o sistema fica sensibilizado e o número de investigações tende a aumentar em um primeiro momento, o que reforça a robustez do sistema de Defesa Agropecuária do Brasil, que atende e trata todas as investigações com eficiência e transparência."
A influenza aviária, também chamada de gripe aviária, é uma doença viral altamente contagiosa que acomete principalmente aves silvestres e domésticas, mas pode infectar humanos. Os sintomas mais comuns nas aves incluem dificuldade respiratória, secreção nasal ou ocular, espirros, incoordenação motora, torcicolo, diarreia e alta mortalidade.
Todas as suspeitas de influenza aviária — que envolvem sinais respiratórios, neurológicos ou mortalidade alta e súbita em aves — devem ser imediatamente notificadas à Seapi.
A transmissão acontece principalmente por contato direto entre aves infectadas. Isso inclui aerossóis, fezes e fluidos corporais.
Também pode ocorrer ao tocar ambientes contaminados.
No entanto, a transmissão entre humanos é extremamente rara.
O vírus está presente em aves aquáticas silvestres, como patos e gansos.
Elas são reservatórias naturais do vírus.
Também pode ser encontrado em aves domésticas, como galinhas e perus, que são muito suscetíveis.
Segundo especialistas e autoridades sanitárias, não há risco de transmissão da gripe aviária pelo consumo de carne de frango ou ovos, desde que estejam devidamente cozidos.
O vírus da influenza aviária é muito sensível ao calor e é destruído durante o cozimento, em qualquer preparo que utilize fogo. Portanto, alimentos de origem aviária preparados adequadamente são seguros para consumo.
Além disso, órgãos internacionais como o Ministério da Agricultura, a Organização Mundial da Saúde (OMS) e a Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) reforçam que não existem registros de transmissão da gripe aviária a partir do consumo de frango ou ovos cozidos.