Safra 2022/23: Milho deve chegar 137,76 milhões de toneladas, segundo a Conab (Jaelson Lucas/AEN/Divulgação)
Repórter de agro e macroeconomia
Publicado em 11 de fevereiro de 2025 às 15h01.
Última atualização em 11 de fevereiro de 2025 às 15h18.
Mais uma vez, o clima na Argentina deve impactar a safra 2024/25 do país. Nesta terça-feira, 11, o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) reduziu em 1 milhão de toneladas a estimativa para a produção de soja e milho argentinos, para 49 milhões e 50 milhões de toneladas, respectivamente.
Apesar das chuvas registradas na semana ada em importantes regiões produtoras, a Argentina ainda enfrenta um clima quente e seco, o que prejudica o desenvolvimento dos grãos.
Na temporada 2023/24, a produção de milho da Argentina sofreu com a doença da cigarrinha, que se espalhou pelas lavouras devido ao forte calor e às precipitações irregulares nas áreas produtoras.
O calor e a umidade são condições ideais para a reprodução das cigarrinhas, permitindo que suas populações cresçam rapidamente. Como resultado, o país colheu 46,5 milhões de toneladas, bem abaixo da projeção inicial de 56,5 milhões de toneladas.
No caso brasileiro, o USDA manteve em 169 milhões de toneladas a projeção para a safra de soja, em linha com as perspectivas de algumas casas de análise.
A estimativa do órgão norte-americano está levemente acima da projeção da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), que prevê uma produção de 166,3 milhões de toneladas.
Já para o milho, a projeção foi reduzida em 1 milhão de toneladas, totalizando 126 milhões de toneladas. Esse é o primeiro corte do USDA para o cereal brasileiro em oito meses, desde o início das projeções para a safra atual.